Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico, alegou que clubes como Corinthians, Vasco, Fluminense e Atlético-MG não cumpriram acordos financeiros em um áudio que foi divulgado em grupos de aplicativos de mensagem nesta quarta-feira.
O ge confirmou que o áudio é, de fato, de Petraglia. O próprio dirigente admitiu a autenticidade do conteúdo em conversa com a reportagem, que aborda questões financeiras do clube.
Na gravação, Petraglia discute o plano de pagamentos das dívidas do Vasco no processo de Recuperação Judicial e como isso afeta a negociação pelo zagueiro Léo, que custou cerca de R$ 12 milhões no final de 2024. Apesar de se referir a ele como Léo Pereira, o presidente esclareceu ao ge que houve um erro no nome.
– Sobre o Léo Pereira, o Vasco não pediu falência, mas sim recuperação judicial. É similar a uma concordata anterior. Portanto, eles pagarão apenas uma pequena fração das dívidas e não têm um prazo definido para isso. O Léo Pereira, no entanto, deve ser pago pelo Athletico, que não está em recuperação, embora existisse um contrato que previa compensação, o que não foi possível. Já pagamos o Léo Pereira e não estamos recebendo nada em troca.
O “encontro de contas” se refere a uma compensação de dívidas entre as partes. Um dos casos citados no áudio envolve Hugo Moura, que foi contratado pelo time carioca em 2024, mas cujo pagamento total ainda não foi efetuado.
Petraglia também mencionou a falta de pagamentos por parte do Corinthians, Fluminense e Atlético-MG, expressando preocupação com a saúde financeira do Athletico para 2025, como já havia afirmado anteriormente.
– Temos jogadores como Alex Santana, que foi vendido para o Corinthians no ano passado, e o pagamento não foi realizado. Há também a questão do Vasco, que não nos pagou. O volante que foi vendido ano passado (Hugo Moura) não recordo o nome agora.
– O Canobbio para o Fluminense, onde a primeira parcela deveria ter sido paga, mas só foram repassados R$ 500 mil. O Cuello, comprado pelo Atlético-MG, ainda não teve nenhuma prestação paga, e essas já estão vencidas. As vendas para o mercado interno estavam todas projetadas em nosso fluxo de caixa e, lamentavelmente, não estão se concretizando. Essa é a nossa preocupação para este ano.
Dívida da Arena
O tema inicial abordado é a dívida relacionada à reforma da antiga Arena da Baixada, agora chamada de Ligga Arena, para a Copa do Mundo de 2014. Petraglia afirmou que a Prefeitura de Curitiba não iniciou a venda dos títulos do potencial construtivo, que são avaliados em cerca de R$ 240 milhões, obrigando o Athletico a pagar a totalidade da dívida – que chega a quase R$ 343 milhões.
– A Prefeitura tem o compromisso de vender R$ 240 milhões em 12 anos, ou seja, R$ 20 milhões por ano. No entanto, não estão vendendo essa potencialidade. Isso forçou o Athletico a arcar com a integralidade da prestação. No ano passado, já pagamos R$ 67 milhões, e este ano teremos que pagar R$ 62 milhões. O vencimento final é em junho de 2025.
Fonte: ge