Primeira final nacional do Vasco em 14 anos une torcedores de várias gerações

A decisão da Copa do Brasil, que ocorre hoje às 18h no Maracanã, serve como um divisor de águas para os torcedores do Vasco, despertando emoções distintas em cada geração de vascaínos. Para os mais novos, mesmo aqueles que já estavam vivos durante a conquista do torneio em 2011, o confronto contra o Corinthians representa a primeira grande final desde a última vitória no Campeonato Carioca em 2016. Entre os torcedores na faixa dos 30 anos, essa partida simboliza a redescoberta de um título que trouxe um dos raros momentos de alegria nos últimos anos. Já os mais experientes nutrem a expectativa de um retorno triunfante do Vasco.

Histórias de paixão cruz-maltina

O EXTRA conversou com diversas famílias que carregam o amor pelo clube, e em todas elas, o sentimento de que “não pode parar”, retratado nas arquibancadas, ressoa entre gerações. Um exemplo é a relação entre o desenvolvedor de software Pedro Sousa, de 58 anos, e seu filho, o professor de idiomas João Pedro Sousa, de 30. Apesar da distância, pois Pedro reside em Almada, Portugal, a paixão pela equipe se mantém firme. Durante suas visitas ao Brasil, ele prioriza os jogos do Vasco, transmitindo essa paixão ao filho, que frequenta as arquibancadas de São Januário há duas décadas.

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— O que eu fiz com o João e os amigos era o que meus pais e os pais dos meus amigos faziam. Na primeira vez que fui a São Januário, foi o pai de um amigo que me levou, junto com meu irmão. Os vascaínos antigos levavam os mais novos — recorda Pedro. — Acho que é herança, uma tradição de família, de amizade, e isso acabou ficando até hoje.

João, que não viveu muitos triunfos em campo, enfatiza a força da torcida:

— O sentimento é muito grande mesmo. Se não fosse, a gente não ia nem torcer do jeito que torce hoje, não teria a mesma intensidade. Mas é isso que nos mantém com esperança a cada ano que passa.

Laços que se fortalecem

A relação entre gerações também é visível em outras histórias, como a de Fernanda Regis, de 35 anos, e sua mãe, Sandra Lucia Regis, de 64. A paixão de Fernanda pelo Vasco, que começou no final dos anos 1990, fez com que sua mãe também se encantasse pelo clube, especialmente após sua primeira visita a São Januário.

— Minha mãe se emocionou muito. Ela sentiu a força do lugar, a história, o que aquele estádio carrega… Desde então, antes dos jogos, ela sempre pede a bênção de Pai Santana. Isso mostra como o Vasco não é só futebol para a gente. É fé, respeito e conexão com algo maior — revela Fernanda, em uma conversa que emocionou sua mãe.

Elas moram em São Gonçalo e estarão juntas na segunda final da Copa do Brasil.

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— Queremos ganhar, claro, mas o principal é o espírito do clube, a união da torcida. Estamos unidos — reflete Fernanda.

Davi Tavalask, de 16 anos, é mais um exemplo de amor pelo Vasco. Embora não tenha plena lembrança da conquista de 2011, ele compartilha a paixão herdada dos avós e dos pais, sempre torcendo pelo clube.

— Em 2011, eu tinha dois anos, e meus pais dizem que eu pulava e gritava com o título. Essa é a primeira final que eu realmente vibro. Mesmo com dificuldades, nunca deixei de torcer, sempre estive com o Vasco — destaca Davi, que está ansioso, mas confiante de que o time trará a taça para casa.

Pedro Sousa, pai, e João Pedro Sousa, filho, são torcedores do Vasco — Foto: Marcelo Theobald/Agência O GloboPedro Sousa, pai, e João Pedro Sousa, filho, são torcedores do Vasco — Foto: Marcelo Theobald/Agência O Globo

Fonte: Extra


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