O time do Vasco entrou em campo sob pressão neste domingo, com a tensão sendo nitidamente sentida nas arquibancadas de São Januário. A equipe vinha de quatro derrotas seguidas no Brasileirão e não conquistava uma vitória desde o início do campeonato, há um mês atrás. No entanto, Payet assumiu as rédeas do jogo, mostrou sua habilidade e, com apenas dois toques na bola, definiu a partida contra o Vitória.
De volta ao time após passar por um período de recuperação indicado pelo departamento médico devido a uma lesão antes do início do campeonato, Payet não teve um desempenho extraordinário. Em alguns momentos do primeiro tempo, ele até desapareceu em campo, dividindo os holofotes com jogadores como Maicon (que teve uma atuação destacada) e Vegetti.
No entanto, mesmo com sua atuação discreta, o jogador francês foi fundamental para fazer o meio-campo do Vasco funcionar e contribuiu com duas assistências, uma delas resultando em gol para a equipe. Uma atuação que merece destaque e garantiu três pontos preciosos para o Vasco!
Afetado por uma crise que se agravou especialmente após a derrota para o Criciúma, culminando na saída de Ramón Díaz, o Vasco precisava de uma vitória, e somente ela. Um simples 1 a 0 bastaria. Este resultado acalma os ânimos em São Januário e retira o time da zona de rebaixamento: o Cruz-Maltino agora ocupa a 13ª colocação na tabela, somando seis pontos.
A entrada de Payet no meio-campo não foi a única alteração feita pelo técnico interino Rafael Paiva. Para o confronto contra o Vitória, ele também optou por retirar Paulo Henrique e improvisar o zagueiro João Victor na lateral direita. Uma escolha que se mostrou eficaz: JV fortaleceu a defesa pelo setor e realizou uma atuação sólida.
O Vasco demorou a engrenar no jogo e não conseguiu impor a pressão característica em seu território. Pelo contrário, a equipe cruz-maltina parecia em um ritmo mais lento, com dificuldades para acelerar as jogadas, o que permitiu ao Vitória equilibrar as ações nos momentos iniciais.
“No primeiro tempo até conseguimos manter a posse de bola, mas mais no campo defensivo. Isso não pressionou muito o adversário”, admitiu Rafael Paiva em entrevista coletiva após a partida.
O time da cruz de malta criou perigo aos nove minutos, com um chute de David que gerou reclamações sobre um possível pênalti em Galdames; e aos 32, quando Galdames tabelou com Sforza na área e finalizou para fora após desvio. Vegetti também teve uma oportunidade de cabeça nos acréscimos. No entanto, faltava a tão esperada aceleração, troca de passes mais ágil.
A maestria de Payet
No intervalo, o Vasco substituiu Rossi por Adson no ataque. O camisa 28 entrou bem na partida, partindo para cima da marcação e causando problemas para a defesa do Vitória – destaque para um lance aos 23 minutos, onde driblou dois marcadores e iniciou uma jogada perigosa pela direita. Mas foram dois toques de Payet na bola que definiram o jogo.
O primeiro ocorreu aos quatro minutos, quando o francês cobrou escanteio na cabeça de Maicon, que desviou para marcar seu primeiro gol com a camisa do Vasco. Um gol que coroou a excelente atuação do zagueiro na partida.
O segundo gol veio logo em seguida, aos 10 minutos: Payet levantou a bola na intermediária e fez um passe preciso para Vegetti, que se esticou e finalizou de forma acrobática, marcando um belo gol no Estádio de São Januário.
O Vasco iniciou o segundo tempo de forma avassaladora, porém não conseguiu manter o ritmo por muito tempo e recuou suas linhas, dando espaço para o Vitória jogar mais. Mesmo assim, a equipe manteve o controle da partida: as investidas de David e uma cobrança de falta de Sforza que acertou o travessão mostraram que o time estava ligado no jogo.
No fim, o time cruz-maltino relaxou demais e permitiu ao Vitória sonhar com um empate em São Januário, quando Iury Castilho descontou após um erro de passe de Mateus Cocão. A vitória, apesar de ter sido mais sofrida do que o esperado, foi assegurada pelo Vasco, que segurou o resultado e não deixou escapar os três pontos.
Fonte: ge
