Salas da SAF na Barra da Tijuca serão encerradas; intenção é devolver o futebol para São Januário

O mandatário Pedro Paulo, o ídolo Pedrinho, não deseja mais vestígios da influência da 777 Partners no futebol do Vasco. A exoneração da comissão técnica de Álvaro Pacheco, juntamente com a saída do diretor Pedro Martins, não foi um ato pontual, resultante da derrota de 2 a 0 para o Juventude na última quarta-feira. Nos últimos dez dias, a diretoria administrativa do Vasco desvinculado despediu ou incentivou a saída do CEO Lúcio Barbosa, da CFO Kátia dos Santos, do responsável pela comunicação Felipe Pimentel, e do gestor de operações Bruno Rodrigues, todos com funções estratégicas na condução que a empresa norte-americana exercia no setor futebolístico cruzmaltino.

A próxima ação consistirá em encerrar o conjunto de salas que atualmente acolhe a SAF Vasco, em um edifício comercial na Barra da Tijuca. De antemão, conforme mencionado, a proposta, ainda não oficializada, é relocar o futebol para São Januário, com parte das operações no Centro de Treinamento Moacyr Barbosa. Todavia, sem os investidores que assegurem o respaldo financeiro, a estrutura concebida para tornar o futebol do clube um negócio mais competitivo e lucrativo, atualmente se assemelha a uma entidade inoperante: atua sem CEO, CFO, diretores comerciais, de marketing, operacionais, de comunicação e futebolísticos. Em outras palavras: foi retomada a configuração obsoleta e limitada que diminuiu a grandeza do clube.

A transformação da estrutura do setor futebolístico em uma SAF, entidade dissociada da vida e da política associativa do clube, por si só, não representa uma fórmula de êxito. E a SAF Vasco foi a maior evidência disso, desde o início, com o futebol entregue a executivos mal selecionados, sem ligação com a agremiação e com competência questionável. Contudo, é alarmante observar o clube regressar ao conceito associativo. Ainda mais sem apresentar um corpo diretivo composto por vascaínos nos quais a torcida possa verdadeiramente confiar. E com a equipe atuando na zona de rebaixamento, em um cenário preocupante.

Fonte: Blog Gilmar Ferreira – Extra