O ex-jogador Somália revelou detalhes de sua vida em uma entrevista ao podcast Denílson Show, na última segunda-feira (17/11). O ex-atacante, que se destacou em clubes como São Caetano e Fluminense, agora atua como criador de conteúdo e empresário. Durante a conversa, ele compartilhou um momento crítico de sua saúde: uma trombose venosa no cérebro, uma condição rara e potencialmente fatal.
“Eu já tinha me aposentado e estava prestes a viajar para Portugal, pois um jogador meu seria negociado. Dias antes, fui a Ipatinga visitar meus pais e, durante um churrasco, comecei a sentir uma dor de cabeça intensa. Por volta da 1h, desmaiei e fui levado ao hospital. Após exames, fui diagnosticado com a trombose venosa no cérebro. É algo raro, mas felizmente não fiquei com sequelas,” disse ele, aliviado por estar se recuperando bem.
Somália, que começou sua carreira no América Mineiro, também abordou a questão do racismo, recordando sua experiência na Europa, onde jogou por NK Celje, na Eslovênia, e Feyenoord, na Holanda:
“Eu fui um dos primeiros jogadores negros a atuar na Eslovênia. Eles até me ofereceram dois mil dólares para que eu fosse à escola, simplesmente porque nunca tinham visto negros. No entanto, quero deixar claro que não enfrentei desprezo ou racismo durante minha estadia lá.”
A entrevista não se limitou a tópicos sérios. O ex-jogador recordou um episódio curioso de sua passagem pelo Al Hilal, da Arábia Saudita, onde um sheik lhe fez uma “proposta indecente”.
“Disseram que pagariam o valor de uma Ferrari se eu passasse a noite com um sheik,” contou, surpreso.
Somália diz que Brasileiro do Vasco é “roubado”
O ídolo do São Caetano também trouxe à tona uma polêmica do futebol brasileiro ao falar sobre a final da Copa João Havelange de 2000, na qual enfrentou o Vasco. Ele disparou críticas: “Nós fomos roubados naquela final de 2000, porque o Eurico [Miranda] interferiu e levou o título.” Essa perda ainda é uma ferida aberta para o ex-jogador, que elogiou a estrutura e o ambiente familiar do Azulão naquela época.
Por fim, Somália explicou a origem de seu apelido curioso. Durante um teste no Atlético, aos 12 anos, alguém o associou a uma reportagem sobre a Somália que passava na TV.
“Não teve jeito, o apelido pegou,” brincou o agora empresário, que começou sua carreira como Wanderson – seu nome verdadeiro – no América-MG.
Ex-jogador relembrou algumas de suas histórias de vida e futebol – Foto: Divulgação / AD São Caetano
Fonte: Jogada10







