O vestiário do Club de Regatas Vasco da Gama em 2008 era um local marcado por um “clima horrível”, onde um dos maiores ídolos do clube se comportava como um verdadeiro “demônio” na vida dos atletas mais jovens. Essa é a descrição feita pelo ex-volante Souza, que, em um relato impactante, detalhou situações de humilhação, perseguição e até agressões físicas envolvendo Edmundo. Essas declarações não apenas aumentam as acusações contra o “Animal” em relação ao rebaixamento do clube, mas também revelam os bastidores cruéis que explicariam o colapso do time durante o Campeonato Brasileiro.
Agressão no ônibus e humilhação por R$ 1.500
Souza argumenta que a atitude de Edmundo ia além das críticas, chegando à violência. Ele menciona um incidente específico com o ex-lateral Madson:
“Houve um momento em que ele xingou, xingou, xingou, e o Madson não aguentou e também xingou. Edmundo esperou, de forma covarde, até entrarmos no ônibus, quando passou por Madson, voltou e deu um soco… e precisaram separar”. Segundo Souza, Edmundo se sentia intocável, pois “tinha o apoio total da torcida, fazendo o que quisesse”.
Souza foi alvo da fúria do ídolo. Após uma derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro no Mineirão, ele foi humilhado diante de todo o elenco:
“Ele se aproximou e começou a me humilhar: ‘Por isso que você não joga nada, por isso que nunca vai chegar a lugar nenhum. Por isso que fica pedindo dinheiro emprestado'”.
Souza explicou a ferida da acusação:
“Quando subi para o profissional, ganhava 1500 reais. Assim, quando o Vasco atrasava salários, enfrentava dificuldades. E ele não parava de me atacar, aquilo era realmente demoniacal na vida de um homem”.
Vasco não tinha elenco para cair
Na visão de Souza, as ações de Edmundo não eram à toa, mas uma estratégia deliberada para prejudicar a carreira de outros jogadores e se manter em destaque. A perseguição era um método para destruir a confiança de quem poderia brilhar.
“Ele quis me perseguir, queria mesmo me derrubar, para que eu não me tornasse o que sou hoje. Muitas pessoas passaram por isso”, desabafou Souza.
Sua conclusão é triste e acrescenta à tragédia que se abateu sobre São Januário:
“Era frustrante porque eu conhecia o potencial do elenco. Não era um time para ser rebaixado”.
Fonte: Papo Na Colina