Os jogadores das duas equipes deixaram o campo temporariamente, mas retornaram após oito minutos de paralisação. A partida acabou com a vitória do Vasco por 2 a 1.
Jogo paralisado entre Santos e Vasco — Foto: Reprodução/Santos TV
O incidente ocorreu aos seis minutos do segundo tempo, quando o goleiro do Vasco se manifestou sobre os insultos racistas direcionados a ele pela torcida do Santos. O árbitro Guilherme Francisco Maciel da Silva E Rosario interrompeu o jogo e fez o gesto com os braços cruzados em forma de “X”, dando início ao protocolo antirracista global recomendado pela FIFA.
Devido à denúncia, os jogadores do Vasco dialogaram com o árbitro e deixaram o campo, mas retornaram após 11 minutos, momento em que a partida foi retomada, 13 minutos após o início do segundo tempo. Membros da torcida tentaram esclarecer possíveis mal-entendidos com alguns atletas durante a pausa. A súmula do jogo ainda não foi divulgada.
Árbitro cruza os braços e dá início ao protocolo antirracista — Foto: Reprodução/Santos TV
O Vasco conquistou a vitória sobre o Santos por 2 a 1, com Léo Jacó e GB anotando os gols para a equipe carioca, enquanto Gabriel Simples, de pênalti, marcou para o Santos. Com esse resultado, o Vasco subiu para a sexta posição, acumulando 18 pontos, enquanto o Santos permaneceu na décima colocação, com 14 pontos.
Protocolo Global de Combate ao Racismo no Futebol
A CBF implementou em todas as suas competições o protocolo antirracista estabelecido pela FIFA. Esse protocolo, que consiste em três etapas, introduziu um gesto global contra o racismo no futebol. O gesto específico – com os dois braços cruzados na altura dos punhos, com as mãos estendidas e dedos apontados – deve ser utilizado por jogadores para alertar os árbitros sobre ofensas racistas. Jogadores e oficiais devem se comunicar com o árbitro através desse gesto.
Procedimento de gestos da arbitragem criado pela Fifa para casos de racismo no futebol — Foto: ReproduçãoSaiba o que significa injúria racial
Injúria racial é um crime previsto no artigo 140, § 3º, do Código Penal Brasileiro, que consiste em ofender a honra de uma pessoa específica usando elementos relacionados à sua raça, cor, etnia, religião ou origem. A pena varia de reclusão de 1 a 3 anos, além de multa. Quando o crime ocorre em público, a pena pode ser aumentada. Em 2023, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a injúria racial se tornou imprescritível, assim como o racismo, permitindo que a vítima possa denunciar a qualquer momento.
Fonte: ge
