Natural do Rio Grande do Sul, Thiago, atualmente com 42 anos, chegou ao Rio de Janeiro em 1999 para um teste. Ele foi aprovado nas categorias de base no sub-17 e deu início à sua trajetória no clube. Entre 2004 e 2007, fez parte do time profissional e expressou seu sentimento de gratidão pelo Vasco. “O Vasco me proporcionou a chance de realizar meu sonho. Além de me desenvolver como atleta, me ajudou a me tornar um homem. Sempre vou levar o Vasco comigo”, compartilhou.
Com quase 20 mil torcedores vascaínos presentes e o time já ciente de que o milésimo gol de Romário seria atingido, Thiago comentou que todos estavam curiosos para saber quem faria a tão esperada assistência. O Vasco liderava o jogo por 2 a 0 na primeira metade, com gols do ex-atacante André Dias. Logo no início do segundo tempo, aos dois minutos, ocorreu o momento histórico: Thiago cruzou pela direita, a bola tocou nas mãos de Durval, ex-zagueiro do Sport, e o árbitro assinalou pênalti.
Assim como Pelé, Romário fez seu milésimo gol de bola parada, sendo o terceiro do Vasco na partida. Após enganar o goleiro Magrão na cobrança, recebeu sua família em campo, emocionou-se e fez a volta olímpica em São Januário. Thiago mencionou que foi um grande privilégio jogar ao lado do ícone.
“Em 1994, com 12 anos, vibrei muito com o Brasil ganhando a Copa do Mundo. Nunca imaginei que 11 anos depois, estaria em campo com ele. É uma honra que levarei para sempre. Essa experiência é inesquecível”, disse, emocionado.
Thiago, que jogou com Romário entre 2005 e 2007, recordou momentos no Vasco e comentou que o Baixinho era um pouco reservado: “ele brincava às vezes, mas exigia muito de nós. Nunca gostava que jogássemos a bola para frente sem pensar, sempre orientava a sairmos jogando. Não podíamos nos desligar. Se ele estava em posição de receber a bola, o caminho para o gol já estava traçado. Romário era mortal.”
O ex-lateral se considera um ‘co-autor’ do gol mil, já que participou da construção da jogada. Ele recebeu a bola ainda na defesa adversária e se avançou até criar a oportunidade para o cruzamento. Embora a equipe tivesse um forte lado direito, destacou que nada seria possível sem a contribuição de Romário.
Fonte: O Dia