Após o Conselho Deliberativo aprovar a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), o Vasco está otimista em acelerar a venda do potencial construtivo para possibilitar a reforma de São Januário. O clube mantém reuniões regulares com a Prefeitura para assegurar que estará preparado para receber o Termo de Potencial Construtivo Transferível assim que o registro da SPE for oficializado, permitindo à nova sociedade a assinatura das escrituras de venda do potencial.

O Vasco tem 280 mil m² disponíveis para venda de potencial construtivo. Desses, 50 mil m² já estão comprometidos com contratos assinados, e existem negociações avançadas para outra parte significativa, já em fase de troca de propostas.

Projeto de reforma de São Januário, estádio do Vasco — Foto: Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

No ano passado, o clube contratou duas empresas, Primaz Corporate e Grupo Lopes, para ajudar na venda do potencial construtivo de São Januário. O Vasco agora aguarda a finalização da SPE para começar a receber os recursos das vendas.

É importante destacar que a Lei Complementar nº 272, de 3 de julho de 2024, exige a criação da SPE para regulamentar a reforma de São Januário. A nova sociedade deverá ser aprovada em uma votação entre os sócios do clube, com a expectativa de que uma Assembleia Geral Extraordinária ocorra entre os dias 15 e 25 de maio.

Como funciona a SPE no Vasco?

A Sociedade de Propósito Específico (SPE) será uma entidade controlada pelo clube, responsável por emitir e vender certificados do potencial construtivo de São Januário, além de gerenciar o processo de reforma. Este órgão terá somente o Vasco como sócio e será encarregado de aplicar os recursos na obra, mantendo comunicação com a Prefeitura do Rio.

Embora a previsão inicial de Pedrinho fosse começar as obras do novo estádio em janeiro deste ano, isso não ocorreu. A reforma ainda não possui data definida, uma vez que o processo de venda do potencial construtivo ainda está em andamento.

E as obras no entorno?

A legislação exige que 6% do valor obtido com o potencial construtivo seja destinado a melhorias na área ao redor de São Januário.

O Vasco apresentou um projeto inicial à Prefeitura durante uma reunião técnica em fevereiro, incluindo propostas de melhorias na região. Essas iniciativas para o entorno serão discutidas diretamente com as autoridades públicas.

— Foto: Matheus Lima/Vasco

Durante a reunião do Conselho Deliberativo, alguns pontos importantes levantados entre a Prefeitura e o Vasco para as melhorias na área circundante incluíram um acesso direto do estádio à estação de BRT mais próxima, o alargamento de algumas vias e o redesenho urbano da região.

Capacidade do estádio e orçamento

Ainda não há definição sobre a capacidade do novo São Januário. A diretoria está recebendo consultorias para o planejamento financeiro, considerando uma capacidade entre 43 a 57 mil torcedores. O orçamento para a reforma também não foi finalizado, e um estudo econômico está em andamento para determinar o valor necessário.

Fonte: ge