A diretoria do Vasco apresentou à Justiça os detalhes das propostas que fizeram com que a Crefisa se destacasse na concorrência para um empréstimo de R$ 80 milhões ao clube.
Foi necessário esclarecer as condições entre os bancos para que a 4ª Vara Empresarial, onde está sendo processada a recuperação judicial, assim como a Administração Judicial designada, autorizem a operação financeira no modelo DIP (Debtor in Possession).
O clube está acelerando esforços para que os recursos sejam liberados, a fim de garantir o fluxo de pagamentos já a partir deste mês de outubro.
Os R$ 80 milhões são essenciais para que o Vasco possa cumprir seus compromissos até o final do ano e já estavam contemplados nos estudos realizados antes do pedido de recuperação judicial.
No entanto, o Administrador Judicial notou uma “erosão acelerada” nos recursos do Vasco nos últimos meses e levantou questionamentos no processo. Dentre os torcedores, surgiram preocupações sobre as garantias em caso de inadimplência do empréstimo.
Caso o Vasco não consiga honrar o compromisso, a Crefisa teria direito a 20% das ações da SAF pertencentes ao clube. Apesar disso, a diretoria acredita que essa situação é improvável. A opção por esse tipo de garantia foi escolhida para que eventuais receitas que possam ser antecipadas não fiquem retidas.
Segundo a direção do Vasco, a negociação do presidente Pedrinho com o proprietário da Crefisa, José Roberto Lamacchia, não tem relação com conversas anteriores da empresa ligada à presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sobre a aquisição da SAF. Contudo, isso não exclui a possibilidade de que essa questão venha à tona no futuro.
Fonte: Blog Diogo Dantas – O Globo