A diretoria do Vasco está atuando em três frentes no mercado de transferências nessa janela nacional: a busca por um ponta rápida, um zagueiro e um lateral–esquerdo para fortalecer o time. O intuito do departamento de futebol é “espelhar o elenco”, promovendo mais equilíbrio em termos de profundidade — tanto no ataque quanto na defesa — e oferecendo mais alternativas ao treinador Fábio Carille.
Para entender o plano da diretoria, vamos analisar as opções disponíveis para o ataque no time do Vasco. Com as chegadas de Nuno Moreira, Garré e Loide Augusto, o clube agora conta com cinco pontas no seu elenco, incluindo os lesionados Adson e David. Assim, a equipe busca mais um atleta para complementar as opções pelas beiradas, seguindo as características que ainda estão em falta no time.
Loide Augusto, Nuno Moreira e Benjamín Garré no treino do Vasco no Nilton Santos — Foto: Matheus Lima / CRVGO pensamento é o seguinte: Adson, pela direita, e David, pela esquerda, são considerados pontas fixas, que, apesar de possuírem características distintas, se complementam muito bem. Eles são vistos como jogadores que atuam exclusivamente pelos lados do campo.
Nuno Moreira (ponta esquerda) e Garré (direita) atuam como meias abertos, que também podem ser aproveitados como meias centralizados, jogando por trás de Vegetti. Loide, por sua vez, é um ponta de velocidade e força física, mais de linha de fundo, e é exatamente esse tipo de jogador que o Vasco busca no mercado para reforçar o elenco. Com o calendário agitado em 2025, devido à disputa da Sul-Americana e da Copa do Brasil durante o Brasileirão, a intenção é ter mais alternativas para estratégias táticas, tanto em diferentes partidas quanto em um mesmo jogo.
Garré foi escalado como meia no time titular durante um jogo-treino contra o Maricá, neste sábado, atuando ao lado de Nuno pela esquerda, enquanto Rayan foi utilizado na direita.
Brahian Palacios era uma opção que preenchia o perfil de Loide e estava com negociações adiantadas com o Vasco. Contudo, o Atlético-MG retrocedeu e não liberou o jogador para a equipe de São Januário, após vender o ponta Alisson para o futebol ucraniano.
O treinador definiu Nuno Moreira, que tem se destacado no início de sua trajetória no Vasco, como um meia que atua pelos lados, e não como atacante. Carille já reiterou em mais de uma ocasião que imagina um time em que haja um ponta mais armador e outro que finalize com precisão. Nesse contexto, a combinação de Nuno e Rayan parece ser a ideal.
Rayan em ação no CT Moacyr Barbosa — Foto: Matheus Lima/Vasco
Entretanto, o técnico contará com o retorno de Adson no Brasileirão e jogadores como Garré e Loide estarão mais entrosados com o restante da equipe para a disputa na ponta direita. O Vasco está em busca da contratação de mais um atacante para as beiradas, visando “desafogar” Rayan e colocá-lo mais próximo de sua posição ideal, atuando centralizado no ataque — como alternativa a Vegetti ou até mesmo como titular em outros contextos.
Laterais seguem a mesma estratégia
O Vasco busca equilibrar a quantidade de laterais no elenco, aumentando a competitividade no lado esquerdo. No momento, a ala direita da defesa conta com Paulo Henrique, Puma Rodríguez e Paulinho, que vem da base. Já o setor esquerdo, após a venda de Leandrinho, tem apenas Lucas Piton e Victor Luís.
Com Avellar ainda “mais cru” e Riquelme fora dos planos, o clube está atrás de um lateral que possa fortalecer a rotação da equipe, assim como Puma Rodríguez é frequentemente utilizado.
Fonte: ge
