Vasco e 777 protocolam pedido de suspensão da ação na Justiça

Nesta quarta-feira, a diretoria do Vasco e a 777 Partners formalizaram o pedido de suspensão da ação judicial. A decisão, que tem validade por 90 dias, foi tomada em consenso com a A-CAP, empresa de seguros dos Estados Unidos que assumiu o controle da 777. Ambas as partes também solicitaram que a Arbitragem na câmara da FGV fosse suspensa pelo mesmo período.

O processo de Arbitragem estava em andamento para a seleção dos três árbitros. O Vasco escolheu a advogada Ana Tereza Basílio, enquanto os representantes da 777 optaram pelo advogado Maurício Almeida Prado. A FGV enviou uma lista com sugestões para a escolha consensual do terceiro árbitro, que seria feita nos próximos dias, porém encontra-se suspenso por decisão mútua das partes.

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A suspensão da Arbitragem foi uma solicitação da A-CAP e do Vasco, que buscam uma solução rápida e eficaz para a venda da SAF do clube, objetivando reduzir as perdas da seguradora americana. Inicialmente, a 777 solicitava U$S 120 milhões, além do complemento contratual, o que totalizava aproximadamente R$ 1 bilhão em moeda nacional.

Atualmente, espera-se que essa negociação ocorra em níveis diferentes, conforme a demanda do mercado, o que provavelmente resultará em uma transação mais viável para os interessados. A diretoria recebeu sinais de interessados tanto no Brasil quanto no exterior, e acredita que a movimentação na ação contra a 777 foi favorável até o presente estágio.

Relembre o caso

O Vasco protocolou ação contra a 777 Partners em 15 de maio. O processo cautelar tramitava em segredo de Justiça na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com decisões favoráveis ao Vasco em primeira e segunda instância, o que resultou no controle do futebol e na dispensa do antigo investidor americano de efetuar o aporte previsto para setembro.

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Até então, a 777 havia adquirido 31% das ações da Vasco SAF, com investimentos já realizados. Outros 30% eram de propriedade do Vasco conforme o acordo de acionistas, e 39% estavam condicionados aos investimentos programados para setembro de 2024 e 2025. A ação do clube não englobava a diluição dos 31% já adquiridos pela 777, mantendo-os sob posse da empresa americana.

O contrato entre o Vasco e a 777 Partners prevê que as disputas judiciais entre as partes sejam resolvidas através de arbitragem mediada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Na arbitragem, o Vasco pleiteia a rescisão do contrato de investimento e do acordo de acionistas com a 777 Partners, enquanto os americanos buscam retomar o controle e o contrato assinado em 2022. As partes também divergem nos valores atribuídos à causa na Arbitragem da FGV. Enquanto o clube de São Januário estipulou o valor em R$ 1 milhão, a 777 definiu em R$ 700 milhões, equivalente ao “preço” original do contrato de investimento na SAF do Vasco.

Fonte: ge


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