O Vasco não consegue manter um treinador por mais de um ano há quase dez anos. A última vez que isso ocorreu foi em 2016, com Jorginho. Durante sua primeira passagem pela Colina Histórica, Jorginho assumiu em 17 de agosto de 2015 e saiu em 28 de novembro de 2016. Ao longo de 16 meses, ele enfrentou o segundo rebaixamento para a Série B no final de 2015, mas conquistou o título carioca no ano seguinte, alcançando um aproveitamento de 60%.
Fábio Carille no duelo contra o Lanús — Foto: André Durão
Além de Jorginho, apenas outros dois treinadores conseguiram superar a marca de 12 meses no comando do Vasco desde 2003: Renato Gaúcho, que esteve à frente do clube de julho de 2005 até abril de 2007, período mais duradouro do clube neste século, e Cristóvão Borges, que comandou a equipe de agosto de 2011 até setembro de 2012.
Em média, um treinador no Vasco permanece no cargo por apenas 5,4 meses. Esses dados são oriundos da ferramenta “Rotatividade dos Técnicos” do ge, que monitora a frequência de trocas de treinadores no futebol brasileiro desde 2003.
Sob a gestão de Pedrinho, a tendência de demissões rápidas continua. A saída de Carille foi a terceira interrupção em menos de um ano. Antes dele, Pedrinho havia demitido Álvaro Pacheco, que nem chegou a estrear e disputou apenas quatro jogos, e Rafael Paiva, que permaneceu com a equipe por cinco meses e fez 21 partidas.
Com a saída de Carille, Felipe “Maestro” assumirá a função interinamente até que um novo técnico seja contratado, e as negociações com Fernando Diniz já estão em andamento. A próxima partida do Vasco será na quinta-feira, às 16h, contra o Operário-PR, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa.
Fonte: ge