Vasco SAF fecha parceria com corretora de seguros do parceiro de Pedrinho

O Vasco da Gama firmou um contrato com a Joll RCH Corretora de Seguros de Vida para fortalecer sua SAF no futebol. A frente da empresa está Christiano Campos, sócio-diretor e fundador, que é um aliado de Pedrinho, o presidente do clube. Christiano foi eleito conselheiro na chapa liderada por Pedrinho.

Pedrinho assumiu o controle da SAF do Vasco em maio deste ano — Foto: Matheus Lima/VascoPedrinho assumiu o controle da SAF do Vasco em maio deste ano — Foto: Matheus Lima/Vasco

Os serviços da Joll, comandada por Christiano, são uma novidade na Vasco SAF, tendo sido contratada há cerca de um mês, conforme informações do clube. O comando da empresa responsável pelo futebol passou para Pedrinho após uma decisão judicial em 15 de maio deste ano.

De acordo com o Vasco, a contratação da Joll não gerará custos. O estatuto do clube veda que conselheiros realizem serviços para a instituição. A Joll ficará encarregada de realizar estudos de mercado e está autorizada a apresentar propostas e cotações de seguros para a SAF.

Christiano não ocupa nenhum cargo na diretoria, mas é um dos fundadores do grupo “Sempre Vasco” e tem uma relação próxima com Pedrinho.

Com quase três décadas de experiência em seguros de vida, saúde e previdência, a Joll já foi mencionada pelo Ministério Público como uma das empresas supostamente favorecidas por acordos com a Prefeitura do Rio de Janeiro em 2020, no contexto da Operação Hades, conduzida pela Polícia Civil.

Naquela ocasião, o então prefeito Marcelo Crivella foi preso, assim como Christiano Campos. O sócio-diretor da Joll permaneceu detido por dois dias e, depois disso, foi colocado em prisão domiciliar por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça.

A acusação do Ministério Público indicava que Christiano estava entre os que pressionavam executivos do grupo Assim Saúde para efetuar pagamentos através de notas fiscais “frias”. A ação de 2020 foi desmembrada, tornando-se uma Ação Penal Eleitoral, que foi arquivada no dia 13 de setembro deste ano pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Segundo o entendimento do ministro, Christiano foi denunciado “apenas com base em registros de acesso ao prédio do grupo empresarial, planilhas elaboradas unilateralmente pelos delatores e mensagens de aplicativo sem clareza, que, na minha visão, não sustentam as narrativas do acordo de colaboração. Creio que não há justificativa para a ação penal.”
Fonte: ge