Uma disputa de pênaltis é sempre marcada por uma atmosfera eletrizante. Na noite desta quinta-feira, no Estádio Nilton Santos, essa tensão estava palpável. Após um empate de 1 a 1 no tempo regulamentar, o Vasco superou o Botafogo nas penalidades, fechando o placar em 5 a 3 e garantindo a classificação para as semifinais da Copa do Brasil, onde enfrentará o Fluminense. Confira como foi o clima entre os jogadores do Vasco durante essa emocionante disputa.
Intuição e discurso de Diniz na rodinha
Com o término do jogo, os atletas do Vasco se reuniram em campo para definir a ordem das cobranças. O técnico Fernando Diniz tomou a frente e, em um discurso envolvente, incentivou os jogadores, enfatizando que “coragem é para quem bate, não para quem faz gol”. Em coletiva de imprensa após a partida, Diniz compartilhou um pouco do que transmitiu ao time:
– “Na hora das cobranças, todos treinaram. Eu tinha uma lista do primeiro ao 23º. Alguns saíram, então fui escalando: quem estava acostumado a bater, bate melhor. Vegetti, Rayan, e se o Coutinho estivesse aqui, ele também bateria… Eles se mostraram confiantes e fui escalando. O Robert Renan foi o único que não se manifestou, mas estava pronto.”
“Eu já tinha quatro batidas confirmadas e disse: ‘Robert, você vai bater o quinto.’ Ele concordou. Foi uma decisão mais intuitiva do que estratégica.”
– “Ele mereceu essa chance, já que passou por dificuldades no Internacional. Ali, com certeza, a decisão de deixá-lo para o quinto pênalti foi mais intuitiva.”
Robert Renan, que havia perdido um pênalti de cavadinha pelo Internacional, coroou sua atuação no Vasco batendo o pênalti decisivo que assegurou a passagem para as semifinais da Copa do Brasil, buscando sua redenção. Após a partida, ele revelou que pensou no erro anterior, mas estava feliz pela superação.
Piada de Puma para Robert Renan
Enquanto se preparava para a cobrança do último pênalti, Puma Rodríguez aconselhou Robert Renan: “Cava, cava, cava”. No entanto, o zagueiro não ouviu o aviso. Ele bateu forte e cruzado, assegurando a vaga na semifinal da Copa do Brasil.
Confiança do grupo em Léo Jardim
Antes das cobranças, a confiança em Léo Jardim era evidente entre os atletas. Desde sua chegada ao clube em janeiro de 2023, ele enfrentou seis disputas de pênaltis na Copa do Brasil, tendo vencido cinco. A defesa que fez em relação ao pênalti de Alex Telles foi sua sétima participação em uma decisão por penalidades. Puma comentou sobre a confiança coletiva em Léo Jardim:
– “Sabíamos que um pênalti ele iria pegar. Conversamos sobre isso e foi assim que aconteceu.”
Estudo e jogo mental de Léo Jardim
Alex Telles já havia convertido um pênalti durante o jogo, e Léo Jardim foi o responsável pela infração que resultou na penalidade. Telles cobrou rasteiro ao canto esquerdo e conseguiu marcar, com Léo estendendo-se ao máximo para tentar defendê-lo. Na disputa, Telles cobrou novamente da mesma forma, e Léo Jardim fez a defesa. O goleiro explicou a tática que utilizou durante toda a cobrança:
– “A intuição e o estudo são fundamentais. Nunca sabemos como o batedor está pensando, pois ele pode mudar a estratégia. O objetivo é induzir de alguma forma, através de leituras e do que treinamos com a equipe de preparação de goleiros.”
Léo Jardim defendeu a primeira cobrança e todos os jogadores do Vasco converteram seus pênaltis com sucesso. Após Robert Renan marcar o quinto e decisivo, a festa tomou conta de todos os jogadores e comissão técnica, que correram para celebrar com a torcida atrás do gol. As semifinais da Copa do Brasil contra o Fluminense estão programadas para os dias 10 e 14 de dezembro.
Fonte: ge