A campanha até agora tem sido decepcionante, marcada por altas expectativas antes do início, um vexame histórico na Venezuela e a passagem por três técnicos. O ge relembrará os momentos mais importantes da história do Vasco na Sul-Americana antes dessa última partida de fase de grupos.
Vasco contra o Lanús — Foto: Matheus Lima/Vasco
Altas expectativas antes do início
Sob a direção de Fábio Carille, o clube iniciou a competição com grandes expectativas, considerando-a uma prioridade nesta temporada. O Grupo G contava com adversários considerados inferiores, como Lanús, Melgar e Puerto Cabello, e a expectativa era de uma disputa acirrada pela liderança, especialmente com o time argentino, que acabou terminando na primeira posição do grupo.
As esperanças de um bom desempenho eram discutidas internamente. Durante negociações para a renovação de contrato com Payet, o Vasco utilizou um “projeto Sul-Americana” para persuadi-lo. O clube via esse torneio internacional como uma chance viável e achava importante ter Coutinho e Payet até o final do ano. Contudo, as conversas esfriaram subsequentemente.
Desgaste dos titulares
Na estreia contra o Melgar, no Peru, o Vasco fez questão de mostrar que a Sul-Americana era uma prioridade. Fábio Carille escalou o time principal, porém saiu de campo com um empate frustrante em 3 a 3. Três dias depois, decidiu poupar oito dos onze titulares na partida contra o Corinthians, no Campeonato Brasileiro, resultando em uma dura derrota por 3 a 0.
Lucas Piton e Tomas Martinez disputam a bola em Melgar x Vasco — Foto: Diego Ramos/AFP
Após a derrota em São Paulo, o treinador admitiu que tomou a decisão de escalar os reservas e explicou que era necessário poupar os jogadores em algum momento.
Uma semana depois, o Vasco retornou ao campo pela Sul-Americana com o elenco titular, agora enfrentando o Puerto Cabello em São Januário. A partida culminou na primeira – e única – vitória da equipe até o momento, com um placar de 1 a 0, no dia 8 de abril.
Carille observa disputa em Vasco x Puerto Cabello — Foto: André Durão
Nos cinco jogos seguintes, os titulares foram mantidos em campo. A intenção foi preservar os principais jogadores para os confrontos do Campeonato Brasileiro, onde o Vasco ocupa atualmente a 15ª posição, com dez pontos.
Falhas e resultados frustrantes
O primeiro resultado decepcionante ocorreu na estreia, o que gerou descontentamento na diretoria em relação ao trabalho de Carille. O Vasco chegou a vencer o Melgar por 3 a 1 até os minutos finais, mas deixou escapar o empate devido a falhas defensivas em jogadas de bola aérea.
Em seguida, o Vasco superou o Puerto Cabello por 1 a 0 em casa, mas a vitória não foi convincente contra o time mais fraco do grupo.
Pablo Vegetti gesticula sentado no gramado em Vasco x Lanús — Foto: André Durão
O último jogo da primeira fase da competição era vital contra o Lanús, em casa. A vitória em São Januário era essencial para assumir a liderança e dar ânimo à equipe e ao próprio Fábio Carille. Apesar de ser a melhor atuação do Vasco até então, o resultado foi frustrante: 0 a 0.
Vexame na Venezuela
Sob a direção interina de Felipe Loureiro, o Vasco teve uma das piores apresentações da sua história no primeiro jogo do returno. Dominado do início ao fim pelo Puerto Cabello, o time voltou para casa com uma derrota histórica de 4 a 1.
Mais uma vez escalado com o time titular, o Vasco cometeu erros coletivos e individuais, cedendo três gols nos primeiros 20 minutos do segundo tempo. O resultado vergonhoso acelerou as conversas sobre a contratação de Fernando Diniz, que firmou seu retorno antes da partida contra o Vitória no Brasileirão, mas estrearia apenas contra o Lanús, na Argentina.
Felipe Vasco Puerto Cabello — Foto: Juan Barreto/AFP
Estreia de Diniz em Lanús
O último capítulo da história do Vasco na Sul-Americana envolve o terceiro técnico na beira do campo. Fernando Diniz fez sua estreia no comando diante do Lanús, na Argentina. Essa partida era a última chance para que a equipe mantivesse possibilidades de terminar a fase de grupos como líder.
Lanús x Vasco – Diniz e Tchê Tchê – La Fortaleza – Sul-Americana — Foto: Luis ROBAYO / AFP
O time apresentou uma postura diferente no início e teve uma boa performance na primeira metade da partida, mas não conseguiu se manter na etapa final, sofrendo o gol de Cabrera logo aos oito minutos. A defesa novamente falhou coletivamente, resultando em um erro de comunicação entre Luiz Gustavo e Lucas Piton, que deixou o atacante do Lanús livre para o contra-ataque.
Com o resultado, o Vasco chega à última rodada contra o Melgar com o amargo sentimento de campanha decepcionante na Sul-Americana. Sob a direção de Fernando Diniz, a equipe precisa vencer para garantir a continuidade na competição, assegurando o segundo lugar do grupo e, portanto, uma vaga nos playoffs. O jogo ocorrerá às 19h (de Brasília), em São Januário.
Fonte: ge