Houve um aumento de 170% na receita bruta, configurando o maior valor já registrado desde 2016, e mais que o dobro do balanço de 2022, que foi de R$ 135 milhões.
O déficit foi ocasionado pelo aumento dos gastos operacionais, resultado direto dos investimentos feitos na equipe. Isso gerou maiores despesas com pessoal, incluindo pagamento de direitos de imagem, benefícios, manutenção e serviços necessários para o funcionamento do clube.
Dos cerca de R$ 700 milhões de dívidas assumidas pela empresa, R$ 210 milhões já foram pagos até o momento – sendo R$ 90 milhões em 2022 e R$ 120 milhões no ano passado. Considerando ajustes e correções no resultado financeiro, a redução líquida da dívida é de R$ 60 milhões. Um desafio principal é reduzir o custo dessa dívida, buscando renegociações para obter descontos, diminuição de juros e prazos mais longos.
O balanço indica ainda que a relação entre valores a pagar e a receber atingiu seu menor índice na série histórica, evidenciando a melhora na capacidade do Vasco de cumprir suas obrigações financeiras, caminhando em direção à estabilidade.
– Apesar dos indicadores positivos, há ainda um longo caminho a percorrer. Ao iniciar 2024, o Vasco terá um passivo de curto prazo 3 vezes maior do que seus ativos, sendo necessário cobrir essa diferença com injeção de capital e geração de novas receitas.
O passivo descoberto passou de R$ 594 milhões em 2022 para R$ 601 milhões em 2023, reflexo das dívidas herdadas do passado e do déficit acumulado.
A empresa estabeleceu como meta quebrar o ciclo de endividamento e adotar um caminho virtuoso, visando aumentar suas receitas e sua capacidade financeira para alcançar a auto-sustentabilidade.
Esse processo passa por três pilares destacados pela SAF: aumento de receitas, controle de custos (entendendo o fluxo financeiro – o que entra, o que sai – algo que não era observado anteriormente) e redução de dívidas.
Fonte: ge