Quando o Campeonato Brasileiro de 2024 terminou, o Vasco ocupou a décima posição, o que gerou comemorações pela volta às competições internacionais após cinco anos afastado. A gestão de Pedrinho e sua equipe consideraram a Copa Sul-Americana como um foco principal no planejamento de 2025. No entanto, a campanha se tornou marcada por vexames, com a última derrota de impressionantes 4 a 0 para o Independiente del Valle em Quito, deixando a equipe perto da eliminação nos playoffs, fase anterior às oitavas de final.
Antes da derrota humilhante no Estádio Olímpico de Atahualpa, o Vasco já havia enfrentado um desastre com a derrota por 4 a 1 para o modesto Puerto Cabello na Venezuela e suas dificuldades em segurar um empate contra o Melgar no Peru, mesmo tendo liderado o jogo com 3 a 1. O saldo foi alarmante: 12 gols sofridos e apenas um ponto conquistado fora de casa nesta Sul-Americana.
Em São Januário, a única vitória convincente foi o 3 a 0 sobre o Melgar, em um momento de ascensão sob a direção de Fernando Diniz. Com Fábio Carille, a equipe venceu o Puerto Cabello por 1 a 0, mas foi vaiada pela torcida e não conseguiu marcar contra o Lanús. A expectativa gerada pela diretoria ao priorizar a competição criou um clima de otimismo, mas a realidade atual leva a crer que teria sido melhor não ter se classificado.
Nesta última partida, Lucas Piton foi o grande vilão, recebendo nota zero pela sua atuação. Fernando Diniz expressou sua frustração em coletiva, apontando que a expulsão precoce prejudicou todo o planejamento de jogo. Contudo, outros jogadores como João Victor e Maurício Lemos também tiveram performances atípicas e decepcionantes. Foi um jogo em que ninguém se destacou.
Com o resultado, o Vasco terá que buscar um feito inédito na história da Sul-Americana na próxima partida, que acontecerá em São Januário no dia 22.
Como foi o vexame em Quito
Fernando Diniz fez escolhas estratégicas na escalação para compensar a ausência de Philippe Coutinho, surpreendendo ao escalar GB ao lado de Vegetti no ataque. A expectativa era que Nuno e Rayan atuassem em apoio à dupla ofensiva, mas a estratégia foi desmantelada logo nos 11 primeiros minutos, quando Piton foi expulso.
Antes da expulsão, o Vasco chegou a ameaçar o gol rival com uma finalização de Rayan, que exigiu uma defesa do goleiro Villar. O atacante também teve outras oportunidades em cobranças de falta, mas foi só. O time se viu em uma situação defensiva após a expulsão, com nove jogadores se posicionando na linha de frente da área.
Dessa forma, o time equatoriano explorou as falhas do Vasco na defesa, especialmente na bola aérea, com o Independiente del Valle criando várias chances de gol, até que Carabajal abriu o placar aos 47 minutos do primeiro tempo, com um gol de rebote após um erro de Léo Jardim. O time da casa finalizou de forma formidável, com um total de 17 arremates na primeira etapa.
No início do segundo tempo, a pressão resultou em dois gols rápidos do Del Valle, elevando o placar para 3 a 0. O Vasco, que se tornou mais reativo, não conseguiu ameaçar o adversário, evidenciando a falta de energia e a preocupação em evitar uma derrota ainda mais acentuada.
Quando o Del Valle decidiu acelerar o jogo, outras oportunidades surgiram para aumentar o placar, mas um gol foi anulado e Léo Jardim ainda conseguiu defender um penalti, evitando que o resultado fosse ainda mais vergonhoso.
Fonte: ge