O lema “No va a bajar”, que se tornou um meme após as declarações do técnico Ramón Díaz, não será substituído em 2024 por algo que demonstre um Vasco competindo por títulos. Esta foi a mensagem da 777 para os executivos da SAF do clube após reuniões recentes nos Estados Unidos.
De acordo com informações obtidas pelo blog, membros da empresa enfatizaram ao departamento de futebol que o processo de reformulação e contratação de jogadores seguirá um planejamento de médio prazo, sem grandes contratações de jogadores para a próxima temporada.
Do montante de R$ 270 milhões destinados para o próximo ano, o Vasco investirá apenas uma parte na compra de direitos econômicos de atletas, destinando a maior parte para quitar dívidas, manter as finanças em dia e melhorar a estrutura do futebol.
A contratação de Alexandre Mattos para liderar as mudanças no futebol não implica, conforme indicado pela 777, em um aumento nos gastos ou mudança na política de contratações do Vasco. Pelo contrário, a empresa tem a intenção de trazer jogadores que tragam retorno a longo prazo.
Jogadores como o zagueiro Junior Alonso, de 30 anos, exemplificam negócios que a 777 não está interessada em fazer, e as negociações não avançaram devido aos valores envolvidos. O mesmo se aplica a investimentos em outros atletas com perfis semelhantes. Alexandre Mattos e o CEO Lucio Barbosa foram incluídos nos processos da SAF e entenderam que precisarão se ajustar a eles.
Processo detalhado justifica demora nas contratações
O trabalho não se resume a ir ao mercado e fazer uma oferta aprovada pelo treinador. Com uma estrutura de compliance, a 777 leva mais tempo para definir alvos e tomar decisões. Normalmente, o Vasco leva 10 dias para decidir sobre a contratação de um jogador. É necessário obter aprovação do scout do clube, seguida pela mesma avaliação da 777 fora do Brasil, para que um relatório seja enviado ao comitê de futebol. Posteriormente, a questão financeira é avaliada.
Antes da liberação dos recursos, são realizadas negociações com empresários, clube do jogador alvo, e a operação passa pela aprovação do comitê de finanças, parte técnica do Vasco, 777 e, por fim, pelo “board” da empresa, que decide se o negócio vai adiante.
O técnico Ramón Díaz é consultado inicialmente, mas posteriormente deixa a decisão a cargo da empresa. Pode haver interesse em um jogador para o futuro que não passa diretamente pelo treinador, mas sim pela oportunidade de fazer um bom investimento que não seja imediato para o time.
Fonte: Extra