Veja outros assuntos discutidos na entrevista coletiva de Fernando Diniz após Atlético-MG 5 x 0 Vasco.

Fernando Diniz definiu a derrota do Vasco por 5 a 0 para o Atlético-MG, ocorrida em Belo Horizonte neste domingo, como uma das piores de sua trajetória. Focado na Copa do Brasil, o treinador optou por poupar titulares e expressou que nem queria levar reservas para a partida. Ele se mostrou indignado com o resultado e garantiu que está tudo certo com Vegetti, que saiu de campo irritado após ser substituído no primeiro tempo.

— É difícil comentar uma partida após um 5 a 0. Com 29 minutos de jogo, já estávamos perdendo por 1 a 0 e com um a menos (Hugo Moura foi expulso por pisar em Dudu). Eram todos jogadores reservas, até o goleiro. Se o Sub-20 não estivesse de férias, nem teria levado os reservas. O Galo tem grande vocação ofensiva. Poderíamos ter feito um trabalho melhor no segundo tempo, especialmente na marcação. O jogo ficou parecido com o Del Valle (4 a 0 no Equador) — analisou Diniz, que continuou:

— A marcação coletiva foi muito falha. Não dá para julgar um jogador apenas por esta partida. O importante é que, independentemente do que aconteça em campo, temos que representar a camisa do Vasco e nos esforçar. Respeito máximo, seja em uma partida amistosa, um treino ou uma final. Devemos nos esforçar do primeiro ao último minuto.

Fernando Diniz, Atlético-MG x Vasco — Foto: Fernando Moreno/AGIFFernando Diniz, Atlético-MG x Vasco — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Diniz ressaltou que essa derrota por 5 a 0 pode ser a mais amarga de sua carreira. Ele afirmou que o resultado não pode ser ignorado e exigiu mais empenho do elenco.

— Concordo que uma derrota assim não pode acontecer e isso fica marcado na história. Todos estão tristes e decepcionados, pois deveríamos ter feito um trabalho melhor. O aprendizado é o que fica. Na Venezuela, aprendemos e depois melhoramos no campeonato. A dor da derrota é importante. Este resultado é algo que não podemos aceitar, nem por 1 a 0, muito menos por 5 a 0. Essa pressão é algo que carrego. Meu ultimato é diário, não trabalho me escondendo do futuro, eu me arrisco — afirmou Diniz.

— Gosto muito do torcedor do Vasco, confio nele, e estou totalmente comprometido. O que ocorreu hoje deve nos afetar, precisamos de mais garra. Essa derrota não pode passar desapercebida. Estou indignado com o 5 a 0, completamente indignado. Pode ter sido a maior derrota da minha carreira. Não estou feliz, muito pelo contrário, e espero essa indignação dos jogadores. Se você se sente assim, eu concordo. Mas não há necessidade de acrescentar mais combustível à fogueira — completou.

Diniz discute na entrevista coletiva do Vasco

O técnico atribuiu a goleada à expulsão precoce de Hugo Moura e se defendeu de questionamentos sobre a escalação de reservas.

— Não é abandonar, é priorizar. Não é abandonar. Assim como o Cruzeiro fez, como o Corinthians deve ter feito. O jogo foi 5 a 0, mas isso não foi uma condição natural, já que jogamos com um a menos desde os 19 minutos do primeiro tempo. Antes disso, o jogo estava equilibrado, o Atlético estava um pouco melhor. Ninguém abandonou a partida — defendeu.

— Não acho que você fala pela torcida. O que escuto da torcida do Vasco é sempre contraditório em relação ao que você diz nas entrevistas. Não acredito que você represente o torcedor majoritário — completou, em resposta a um repórter.

Atlético-MG 5 x 0 Vasco | Melhores momentos | 38ª rodada | Brasileirão 2025

Diniz após goleada do Atlético-MG em cima do Vasco — Foto: João Guerra/geDiniz após goleada do Atlético-MG em cima do Vasco — Foto: João Guerra/ge

Discussão com Vegetti?

O atacante Vegetti se revoltou ao ser substituído no primeiro tempo e saiu de campo demonstrando frustração. Após a expulsão de Hugo Moura, Diniz optou por tirar o argentino para proteger a defesa. Vegetti ficou bastante irritado, chutando copos e arremessando sua chuteira no banco.

Diniz disse que já resolveu a situação com o atacante, afirmando que Vegetti é uma peça importante para a Copa do Brasil e não seria exposto ao jogo após a expulsão.

— Não houve nada demais. Ele deve ter ficado nervoso por ter sido substituído e pelo jogador expulso. Já conversei com ele e a situação está resolvida. Ele era uma clara opção para entrar. Considerando o que aconteceu, não faria sentido deixá-lo em campo, dado que precisávamos recuar, marcar forte e explorar a velocidade. Essa era a minha visão e ele entendeu isso perfeitamente.

Apesar da goleada, o Vasco garantiu uma vaga em uma competição internacional em 2026. O clube aguarda o desfecho da Copa do Brasil para saber se disputará a Libertadores, caso vença o torneio, ou a Copa Sul-Americana, dependendo do desempenho de Corinthians, Cruzeiro e Fluminense.

Se o Vasco terminasse em 15º ou 16º, estaria fora da Sul-Americana. Diniz afirmou que o clube não desejou abrir mão da classificação ao escalar reservas, mas priorizou a semifinal da Copa do Brasil.

Em outra pergunta, Diniz continuou a debater sobre a escolha de escalar reservas na última rodada do Brasileirão, garantindo que muitos jogadores em campo eram titulares dele em outras ocasiões.

Veja a resposta completa do treinador:

Discussão com repórter

— Tenho certeza de que o torcedor está mais interessado (na Copa do Brasil) do que em nosso debate. Estou usando sua pergunta para esclarecer à torcida. Eu quis vir para o Vasco, gosto do clube, do presidente, e estou dando minha vida para ajudar o Vasco. Isso o torcedor percebe. O time que perdeu também já venceu jogos expressivos, como 6 a 0 contra o Santos e 5 a 0 contra o Inter. Esse é o mesmo time que aspirou uma colocação no G-8.

— Jogamos com um elenco modificado e tivemos uma expulsão aos 19 minutos do primeiro tempo. Não estou minimizando a importância de perder por 5 a 0, e todos devem sentir isso. Estou indignado. Quando ganhamos por 6 a 0, minha fala é a mesma. Quero ver o Vasco se fortalecer para a Copa do Brasil e oferecer a alegria que a torcida merece.

Largou a Sul-Americana?

— Ninguém abandonou a Sul-Americana. Viemos aqui para tentar vencer. O time que jogou possui vários jogadores que são titulares. Não foi uma escolha fragilizada, mas uma oportunidade para observar esses atletas em campo. Era uma decisão sensata para evitar expor jogadores em campo sintético.

Risco de lesão

— Você acha que os jogadores estariam totalmente focados aqui, pensando na Copa do Brasil na quinta? Se perdêssemos, a critério de vocês, seria outra questão. Se trouxéssemos outros jogadores e eles se machucassem, o discurso seria diferente. Vocês só questionam após os fatos ocorridos. Isso não parece justo. Ninguém abandonou nada, trouxemos um time competitivo para enfrentar o Atlético-MG.

Gol sofrido

— O gol que tomamos foi de uma bola parada, onde nossa linha de defesa demorou para se posicionar, e um jogador ficou em condição legal. Chegamos ao gol deles em alguns momentos. O jogo estava equilibrado antes da expulsão. A narrativa ignora a expulsão, assim como em situações anteriores como na Venezuela.

Outros semifinalistas

— Hoje, o Cruzeiro também escalou um time reserva na Vila Belmiro e perdeu. As escolhas foram pensadas. O time estava classificado, computando uma baixa probabilidade de sair da Sul-Americana. A decisão foi acreditar na possibilidade de empatar ou vencer o Atlético, sendo essa a proposta que todos participaram.

Fonte: ge


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