Fernando Diniz fez uma análise detalhada da derrota do Vasco por 3 a 0 para o Botafogo, ocorrida no Nilton Santos. O treinador reconheceu a superioridade do adversário e declarou que a vitória do alvinegro foi justa. Ele também comentou sobre a substituição realizada no intervalo, onde Matheus França entrou no lugar de Tchê Tchê, e discutiu a disputa entre o volante e Hugo Moura.
— “O placar de 3 a 0 refletiu o que foi o jogo. Nos primeiros minutos até tivemos controle, mas sem atacar efetivamente. O Botafogo foi dominante. Eu sou o principal responsável. Não criamos oportunidades, enquanto eles foram mais eficientes e acertaram mais faltas. Foi uma vitória merecida”, avaliou.
O desempenho do Vasco foi considerado muito abaixo do esperado na partida. O time rivalizou de forma clara durante todo o jogo, e o resultado de 3 a 0 pode ser visto como generoso. Essa derrota marca a segunda consecutiva do Vasco no Brasileirão, após um período de bons resultados.
Fernando Diniz, do Vasco, contra o Botafogo — Foto: João Guerra/ge
No intervalo, Diniz decidiu substituir Tchê Tchê, que não estava tendo uma boa atuação. Sobre a alternativa de usar Hugo Moura ao invés do camisa 3, o treinador explicou sua escolha:
— “O que determina a escolha é a situação do momento. Não foi apenas a ausência do Hugo que nos custou. Um time não se sustenta só por conta de um jogador. O Tchê Tchê tem dado sua contribuição. É possível escalar Barros junto com Hugo em outras ocasiões. No jogo contra o Fortaleza, Hugo foi expulso, mas Tchê Tchê rendeu bem. Há flexibilidade para encontrar o equilíbrio ideal no elenco”, afirmou.
Diniz também tentou ampliar a ofensividade ao tirar um volante e incluir Matheus França como um meia recuado, estratégia que, segundo ele, não teve o efeito desejado, fazendo o meio de campo ficar desprotegido e aumentando os riscos defensivos.
— “Iniciamos o segundo tempo com um ritmo melhor, mas não conseguimos empatar. A equipe ficou desorganizada, apesar de manter a posse no ataque. Quando o time começa a abrir o campo sem coordenação, inevitavelmente acaba sofrendo.”
O treinador ressaltou que a mudança não alterou o esquema tático, mas foi uma tentativa de tornar o time mais ofensivo devido ao placar desfavorável.
— “A intenção era dar um novo ímpeto ao ataque. Matheus não é necessariamente um jogador para essa posição, mas acreditava que ele poderia ser eficaz nas circunstâncias do momento.”
Na sequência, o Vasco se prepara para enfrentar o Juventude, em uma partida crucial que ocorrerá no sábado, às 18h, em São Januário.
— “Sabemos que os jogos mais difíceis são aqueles que parecem fáceis. O Juventude luta pela sua sobrevivência no campeonato. Temos que melhorar significativamente para conseguirmos a vitória”, concluiu.
Outros tópicos da coletiva
**Vaga na Libertadores** — “Enquanto houver possibilidade, devemos batalhar pela vaga na Libertadores. As derrotas anteriores foram inconsistentes. Precisamos ser coerentes em nosso desempenho.”
**Inversões no jogo** — “As inversões não foram o principal problema. Não soubemos controlar as ações e oferecemos oportunidades para o adversário.”
**Piton no segundo gol** — “Ele não foi o único a falhar. A equipe poderia ter se organizado melhor durante o contra-ataque.”
**Gestão das derrotas** — “Cada derrota é diferente. Precisamos aprender e ajustar o que foi mal feito. Hoje jogamos de maneira insatisfatória.”
**Desorganização sob pressão** — “Precisamos evitar se desorganizar ao buscar o gol. Isso não é comum entre nossos jogadores, mas em momentos de pressão, isso pode acontecer.”
Sobre Tchê Tchê e Vegetti
**Dívida com Tchê Tchê** — “Não jogo por questões pessoais. A necessidade da equipe é o que importa. Tchê Tchê tem potencial e espero que retorne ao seu melhor.”
**Desempenho de Vegetti** — “Ele teve dificuldades em um jogo onde a equipe como um todo não funcionou bem. Um centroavante depende de serviço e hoje a produção ofensiva foi limitada.”
Fonte: ge






