O técnico Fernando Diniz expressou suas críticas em relação ao desempenho do Vasco na derrota de 3 a 0 para o Palmeiras, ocorrida na última quarta-feira, no Allianz Parque. A equipe sofreu três gols rapidamente no primeiro tempo, e Diniz apontou falhas na marcação, enfatizando que os gols sofridos foram resultado de jogadas que tinham sido previamente analisadas pela comissão técnica.
— O primeiro tempo foi muito ruim defensivamente. O Palmeiras soube aproveitar bem, eles tiveram três chances e converteram. Faltou atenção. A nossa estratégia era deixar o jogo mais lento, evitando transições e controlando o meio de campo, mas tomamos dois gols assim. No caso do segundo gol, estávamos com a posse, aceleramos e, embora tenha achado que houve falta, acabamos levando o gol.
— O time não teve um desempenho ruim inicialmente, mas faltou agressividade. Não foi uma surpresa, pois os gols que tomamos foram aqueles que estudamos.
A derrota interrompeu uma sequência de sete jogos sem perder do Vasco. Ao ser questionado sobre como evitar que a equipe se afetasse psicologicamente, Diniz descartou essa possibilidade e ressaltou que os jogadores deveriam “ficar com raiva e aprender com os erros”.
— Não é complicado se abalar. O time já deu resposta no segundo tempo. Vamos trabalhar intensamente para melhorar contra o Vitória. Não temos tempo para nos deixar abalar. Precisamos ter raiva e aprender a evitar tais erros. Foram sete jogos jogando bem, mas houve uma acomodação que resultou em apatia. O time já começou a reagir no segundo tempo.
Ele também comentou sobre a apatia da equipe na primeira etapa:
— O torcedor estava certo em reclamar da apatia. Tivemos uma queda de intensidade, e isso resultou nos gols que sofremos. No segundo tempo, o desempenho melhorou, tornando o jogo mais equilibrado. O Palmeiras teve chances, assim como nós, mas não fomos brilhantes em nenhum momento.
Diniz optou por Oliveira para preencher a vaga de Carlos Cuesta, que estava lesionado. Oliveira não teve uma performance positiva e foi vaiado pelos torcedores presentes. O técnico defendeu a escolha, afirmando que o jogador mereceu a oportunidade devido ao seu desempenho nos treinamentos.
— Isso faz parte da trajetória de um jogador. Ele precisa saber lidar com as críticas. Nos treinos, vinha demonstrando mérito, e mesmo não começando uma partida desde fevereiro, teve bom desempenho contra o Flamengo. Embora tenha recebido um cartão amarelo, conseguiu se destacar.
— As partidas anteriores também foram boas, e ele merecia a chance de estrear como titular. É preciso saber lidar com a reação da torcida. A vaia faz parte e é compreensível. O Lucas é resistente.
Outro ponto discutido foi a permanência de Vegetti como titular, apesar das críticas da torcida. Diniz ressaltou que, embora o atacante não tenha marcado recentemente, sua contribuição tática é importante.
— Sempre me perguntam sobre o Vegetti. Um dia ele vai fazer gol, teve boas chances no primeiro tempo. Ele continua sendo um goleador e precisa de oportunidades favoráveis para marcar. Sua função tática é significativa, com espírito de liderança.
O Vasco enfrentará o Vitória no próximo domingo, às 16h, em São Januário, em partida válida pela 27ª rodada do Brasileirão.
Veja outras respostas de Diniz
Jogo contra o Vitória
— A tática muda conforme o adversário, mas é a atitude que fará a diferença. A apatia foi o ponto crucial na partida anterior. Precisamos trazer a vontade de vencer e o respeito pelos adversários e pela torcida.
— O que tem que mudar contra o Vitória não é a parte tática, mas a atitude e o comprometimento. A parte tática é a mais simples de resolver. Precisamos atingir a grandeza do Vasco.
Erros do Vasco
— Nos momentos em que tivemos a posse de bola, controlamos, mas a falta de contundência foi um problema. Na pressão do Palmeiras, conseguimos sair jogando, mas a apatia na marcação foi crucial. Oferecemos gols ao Palmeiras, que foi letal.
Desordem após os gols
— O início do jogo foi equilibrado, mas a primeira chance do Palmeiras resultou em gol. O jogo permaneceu equilibrado até o segundo gol, e o terceiro simplesmente consolidou a eficiência deles. Fomos ineficazes nas recomposições e a área estava mal posicionada, o que determinou nossa derrota.
Matheus França e Cuesta
— Vamos avaliar ambos para o próximo jogo, Matheus França tem mais chances. Cuesta apresenta um problema muscular, mas não é preocupante. Não vamos criar expectativa, mas ele está em observação, enquanto Matheus poderá ser uma opção.
Fonte: ge