— Não me recordo de um jogo em que fomos consistentes, em que dominamos o tempo todo com a bola. Enfrentamos adversários que têm a posse. No primeiro tempo, jogamos mais no ataque, com algumas finalizações, mas isso faltou na segunda etapa. Precisávamos circular mais a bola e explorar o lado oposto. Talvez a ansiedade e a falta de paciência tenham nos impedido de tomar as melhores decisões e pressionar o adversário. Isso ficou muito claro para mim. Poderíamos ter tido mais paciência, feito triangulações e avançado mais para o ataque.
— O Lanús dominou o meio de campo com aproximações e passes rápidos. Precisamos continuar buscando resultados, mas não adianta querer apressar as jogadas. Sabíamos que o Lanús competiria bastante, devido à rivalidade e ao contexto do campeonato sul-americano. Mas não considero isso um tropeço. Estamos muito vivos na competição. O Lanús irá jogar em altitude ainda. Tudo depende de nós. Precisamos focar no Brasileirão e depois na Copa do Brasil, mas ainda temos muitas chances na Sul-Americana.
Fábio Carille na saída do primeiro tempo de Vasco x Lanús — Foto: André Durão
Carille destacou que o Vasco demonstrou ansiedade no segundo tempo, sem paciência para troca de passes e para criar melhores oportunidades. Nos 45 minutos finais, o time não conseguiu finalizações no gol do Lanús. Ele revelou que Coutinho pediu para ser substituído após o intervalo, e a equipe passou a atuar com dois atacantes na frente.
— Jogamos um jogo difícil, e sabíamos que teria que ser assim. Para mim, no segundo tempo aceleramos muito. Faltou troca de passes e intensidade. Perdemos um pouco o controle na etapa final. Ao colocar o Adson em campo, que é mais atacante que o Nuno, fizemos essa mudança. Coutinho pediu para sair. Ele é um jogador mais ofensivo. O Alex também é um jogador voltado para o ataque. Passamos a jogar em um esquema 4-2-4.
O Lanús iniciou a partida de forma mais agressiva, acertando a trave de Léo Jardim e ameaçando o gol do Vasco com um chute de fora da área. No entanto, o time carioca assumiu o controle da partida, embora não tenha criado muitas chances claras.
— A bola na trave ocorreu em um alívio fraco na área, e no rebote o jogador finalizou. Fomos superiores no primeiro tempo, mas no segundo não. O Léo (Jardim) pode não ter feito grandes defesas, mas nós manteve o controle do jogo. Acredito que aceleramos demais, buscando passes longos sem parar. Precisávamos de mais triangulações próximas à área deles. Pressionamos muito, o que não é nosso estilo. Precisamos construir jogadas, incomodar e chegar mais perto do gol adversário.
A equipe deixou o campo de São Januário sob vaias. Carille foi alvo de ofensas por parte dos torcedores do Vasco, mas não se surpreendeu com a reação após o empate.
— Em relação às vaias, isso já aconteceu conosco em vitórias e não poderia esperar algo diferente em um empate ou derrota em casa — já que isso também ocorreu em outras ocasiões. (A saída) é fruto do trabalho contínuo. Não adianta reclamar do calendário; é o que temos. Não conseguimos mostrar evolução desde o jogo contra o Flamengo. Precisamos que todos, jogadores e comissão técnica, estejam alinhados para alcançar os resultados que o Vasco merece.
Fonte: ge