A CBF soltou a análise do VAR referente à expulsão de Rayan no embate contra o Athletico-PR, que garantiu ao Vasco um lugar na semifinal da Copa do Brasil. Na parte final do primeiro tempo, o promissor atacante do Cruz-Maltino atingiu o rosto de Esquivel em um lance onde não havia disputa pela bola. O árbitro de campo, Wilton Pereira Sampaio, inicialmente mostrou o cartão amarelo, mas Igor Junio Benevenuto de Oliveira, que estava no VAR, sugeriu que a jogada fosse revisada no monitor.

VAR: A bola já não está em jogo, ele faz um movimento adicional e acaba acertando o rosto do jogador. O contato é pleno.
VAR: Conduta violenta. Vou recomendar a revisão para um possível cartão vermelho.
VAR: Wilton, assim que você tomar sua decisão, me avise.
Árbitro de campo: Ok.
VAR: Você já mostrou algum cartão?
Árbitro de campo: Mostrei para o jogador do Vasco.
VAR: Recomendo a revisão, possível cartão vermelho, é uma conduta violenta. Ele faz um movimento com a mão e acerta o rosto do adversário com força.
VAR: Vou te mostrar as imagens. A bola não estava em disputa.
Árbitro de campo: A bola já tinha saído, certo?
VAR: Isso mesmo.
Árbitro de campo: Certo, Igor. As imagens são evidentes. Vou anular o cartão amarelo e dar o vermelho por conduta violenta.

O jogo

Rayan recebeu o cartão vermelho em um momento em que o Vasco estava perdendo por 2 a 0. Contudo, poucos minutos após a expulsão do jovem atacante, Vegetti apareceu para diminuir a desvantagem do time carioca.

O jogo continuou com o placar de 2 a 1 até o apito final. Como o Cruz-Maltino havia vencido o Furacão pelo mesmo resultado na partida de ida, a disputa foi para os pênaltis.

Sforza, Puma, Victor Luis, Matheus Carvalho e Vegetti converteram suas cobranças. Além disso, Léo Jardim fez uma defesa crucial na cobrança de Canobbio.

“A gente conversou com ele (Rayan) agora há pouco no pós-jogo. Sabemos como esse momento é complicado. Para o jogador que sai, a responsabilidade é imensa. O Rayan está ciente dessa responsabilidade. Mesmo sendo jovem, é um atleta com experiência em nível de seleção brasileira. Temos consciência de que ele está em um processo de amadurecimento, são erros que podem ser evitados. Sabíamos que o clima do jogo seria muito intenso, a temperatura estaria alta por tudo que ocorreu no primeiro jogo, além da fase da competição, que é de mata-mata. Conversamos bastante sobre isso”, afirmou o técnico Rafael Paiva.

“Acredito que ele não conseguiu conter sua impulsividade, cometeu um erro, mas tenho certeza de que é um atleta com um grande futuro, está em evolução. Apesar do deslize, ele está trilhando o caminho certo. O que importa é o espírito de grupo, o quanto nos esforçamos por ele. Sabemos que se fôssemos eliminados, o peso seria enorme sobre ele. Assim, fizemos um esforço adicional para avançar e suavizar um pouco essa situação do Rayan”, completou.

Fonte: O Dia