A 15 dias do fechamento da janela, o Vasco tem dificuldades para reforçar o elenco: dinheiro é a principal delas. A expectativa é de que, com Ramón Díaz, o clube recupere credibilidade, acelere o processo e consiga fechar os negócios – o treinador tem participado ativamente da escolha dos nomes junto ao diretor esportivo Paulo Bracks.
– Existem muitos nomes que serão citados nesse momento. As contratações não são fáceis, mas estamos fazendo todos os esforços para poder contratar alguns jogadores que sejam importantes e que queiram vir. Um ou outro que teremos que negociar – disse Ramón na última segunda.
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Depois de três contratações (zagueiro Maicon, volante Medel e atacante Serginho), o Vasco ainda busca mais reforços e tem suas prioridades definidas: um lateral-esquerdo, dois meio-campistas e um centroavante. Ao menos quatro reforços, portanto. O problema é que o departamento de futebol tem sofrido com as negativas.
A busca pelo lateral se dá pelas poucas opções para o setor atualmente. A intenção era renovar com Paulo Victor, mas não houve acordo, e o jogador voltou para o Internacional. O cria do clube Riquelme está há um longo tempo sem entrar em campo, e o Vasco pretende emprestá-lo. Assim, Lucas Piton é o único lateral-esquerdo do elenco. A ideia é buscar um reserva, e a SAF tem conversas adiantadas com o Atlético-GO para contratar Jefferson por empréstimo.
Mesmo tendo contratado Medel, o clube não descarta a vinda de outro volante. Fernando e Cuéllar foram nomes que o Vasco tentou, mas as negociações não avançaram. Como Andrey voltou ao Chelsea no início deste mês e com De Lucca, contratado na primeira janela, fora de combate, mais um reforço para a posição é visto com bons olhos.
Já a necessidade de trazer um meia ofensivo existe desde a primeira janela, quando o clube não conseguiu fechar com ninguém para o setor. A ideia é buscar um nome de peso, mas o Vasco ainda não conseguiu avançar em negociações. A diretoria recentemente retomou as conversas com Praxedes, do Bragantino – houve um encontro de Ramón Díaz com o jogador no sábado passado, no Rio de Janeiro.
A SAF agora também vai precisar acelerar a busca por um centroavante, já que Pedro Raul está perto de ser vendido ao Toluca, do México. Desde a primeira sondagem pelo seu camisa 9, o Vasco passou a sondar o mercado em um busca de um substituto.
Por que a demora?
O processo de contratações da SAF do Vasco é mais lento do que costumava ser. A necessidade de cumprir várias etapas até a conclusão de um negócio ajuda a explicar porque o clube tem demorado a fechar com reforços na janela – o mesmo aconteceu no início do ano, mas o prazo era bem maior.
Agora o clube tem 15 dias para encontrar as peças que precisa. Mas o processo não é o único obstáculo: o Vasco também tem menos poder financeiro nesta janela. Por isso, mesmo mirando mais alto em alguns nomes, a SAF tem recebido respostas negativas – esta semana, o clube ainda foi notificado pela Fifa por uma dívida milionário com o Nacional, do Uruguai, e corre o risco de sofrer transferban.
O departamento de futebol tem buscado informações sobre jogadores diversos, mas os que têm mais peso geralmente custam alto, e os valores afastam qualquer possibilidade de negociação. O clube até consegue esticar a corda para oferecer salários mais atrativos, mas mesmo assim não tem conseguido vencer a concorrência.
A credibilidade também é um problema. As notícias de que o Vasco deve a clubes e agentes e a demora para fechar com um treinador não pegaram bem. Por outro lado, o técnico contratado tem respaldo e experiência. Assim, a aposta é que Ramón Díaz seja um trunfo para atrair reforços.
Fonte: ge