Clube busca substituto para Kappa, cujo contrato expira em dezembro, e mantinha negociações avançadas com marca da Alemanha. Conflito entre sócios da SAF impacta na área comercial
O Vasco está em busca de um novo fornecedor de equipamentos esportivos para substituir a Kappa, que tem contrato vigente até dezembro e encerrará a produção dos uniformes do clube a partir do próximo ano. Apesar das tratativas avançadas com a Puma, o desentendimento entre os sócios da SAF esfriou as negociações e ampliou a procura no mercado.
Internamente, o Vasco considera que os valores pagos pela Kappa são muito baixos, enxergando a troca de fornecedor como uma oportunidade de aumentar a receita. O contrato, firmado em 2020 pela gestão de Alexandre Campello e renovado em 2021, prevê um pagamento anual de R$ 600 mil.
O clube já realizou reuniões e analisou propostas de possíveis novos parceiros nos últimos meses. Mesmo faltando um semestre para o fim do contrato com a Kappa, a substituição de fornecedor precisa ser decidida com antecedência para permitir a produção dos uniformes. A escolha inicial pela Puma visava dobrar os ganhos do Vasco, englobando valores, royalties e enxoval.
O ge apurou que a negociação entre Vasco e Puma estava em fase avançada, faltando apenas detalhes para ser concluída. No entanto, a decisão judicial que retirou o controle da SAF da 777 Partners e o repassou ao clube associativo, somada à entrada de novos interlocutores, esfriou as tratativas.
A mudança na gestão da empresa ainda é recente, com a decisão judicial datada de 15 de maio. Ou seja, menos de um mês atrás. A SAF está em processo de adaptação, com setores se ajustando a novas diretrizes e funcionários se reportando a novos superiores.
O setor onde essa situação vem gerando mais impacto é, provavelmente, o comercial, já que o Vasco associativo não possui um departamento específico para lidar com o assunto e a SAF está sem um diretor comercial desde a saída de Caetano Marcelino em dezembro passado.
O CEO Lúcio Barbosa, com o apoio de executivos da 777, era o responsável pelas negociações com fornecedores. A decisão judicial gerou uma certa instabilidade no mercado quanto a: quem agora representa o Vasco? A Puma foi informada de que o clube está sob nova gestão e que o acordo encaminhado anteriormente passará por revisão.
Pedrinho deseja avaliar outras propostas
De certa forma, a interação com os possíveis parceiros ainda envolve Lúcio, porém, ele começou a receber orientações de um grupo formado por dirigentes do Vasco associativo e a se reportar ao presidente Pedrinho. No entanto, representantes do CRVG também têm se apresentado no mercado, como ocorreu com a Puma e outras agências com as quais o clube negociava.
Pedrinho e seus colegas acreditam que ainda era possível melhorar a proposta da Puma em termos financeiros e que não havia urgência em fechar negócio neste momento. Eles têm buscado atrair novas marcas para as negociações, que estão em uma segunda fase de tratativas. A empresa alemã segue na disputa.
Fonte: ge