– Considero que é, sim. Estar no Rio, perto da minha família, do meu filho, traz uma responsabilidade ainda maior. Vejo o Vasco como o maior desafio da minha vida. Espero dar minha contribuição, prometo muito empenho, trabalho duro e entregar tudo dentro de campo – destacou o jogador.
A escolha da numeração homenageia o nascimento do filho Matteo, que chegou ao mundo no final do ano passado, dia 29 de novembro.
– É a primeira vez que vou usar a camisa 28, que remete à data do nascimento do meu filho, que nasceu recentemente. É um momento especial para mim estar no Vasco, optei por vir para cá. Estou ciente do peso que a camisa do Vasco carrega. Felipe e Pedrinho me ajudaram muito, indicaram os caminhos que eu poderia trilhar e o restante dependeria do meu trabalho para eu alcançar meu objetivo. Por coincidência, ambos estão aqui no Vasco. Com dedicação e esforço, consegui chegar neste patamar e sou muito grato por isso – disse Lucas.
Lucas Oliveira, reforço do Vasco — Foto: João Guerra
O defensor estava vinculado ao Cruzeiro e recentemente foi emprestado ao Kyoto Sanga, do Japão. O time mineiro manterá 30% dos direitos financeiros do zagueiro, que chega sem custos a São Januário. O jogador demonstra otimismo em sua nova jornada no Vasco, ciente de que a defesa foi um ponto fraco na temporada anterior.
– O essencial é exatamente isso, trabalhar ao máximo e se dedicar na defesa. Acredito que para defendermos bem, não depende somente dos quatro zagueiros e do goleiro, mas do time todo. O professor já deixou claro que todos devem participar na fase defensiva. Carille é um especialista na montagem desse sistema defensivo e já está somando muito ao grupo. Independentemente de quem estiver em campo, se mais experiente ou mais jovem, já estamos aprendendo muito – observou o jogador.
Nascido no Rio de Janeiro, Lucas Oliveira brilhou no Atlético-GO, onde jogou entre 2018 e 2021. No ano seguinte, foi contratado pelo Cruzeiro e atuou como titular na conquista da Série B. Em seguida, passou pelo Real Valladolid, da Espanha, antes de ser emprestado ao Kyoto Sanga.
Oliveira é o terceiro reforço apresentado pelo Vasco nesta janela de transferências. Antes, o clube havia anunciado o volante Tchê Tchê e o goleiro Daniel Fuzato. A equipe também confirmou a chegada do zagueiro Lucas Freitas, ex-Juventude, e em breve também anunciará Mauricio Lemos, ex-Atlético-MG.
A luta por uma posição na zaga promete ser acirrada com a chegada dos novos reforços. Além dos três recém-chegados, João Vitor continuará no plantel para 2025.
– Eu me vejo como um zagueiro mais técnico. Não costumo falar demais sobre minhas qualidades, prefiro demonstrar em campo. Cada partida apresenta suas particularidades. Às vezes, um jogo exige mais saídas de bola, outras vezes, são mais pegados; é fundamental se adaptar. Essa concorrência vai elevar o nível do time durante os treinos. Com a chegada do Lemos, e o João, que já conheço, o Freitas, cada um buscando conquistar seu espaço acaba ajudando o Vasco – analisou Lucas Oliveira.
Em sua chegada ao clube, o novo reforço não esqueceu de citar dois ícones que deixaram sua marca na história do Vasco: Dedé e Mauro Galvão.
– Estou ciente da tradição do Vasco e da grandeza de jogadores que passaram por aqui, como Felipe e Pedrinho, mas também admirava muito o Dedé, que vi atuar e depois foi para o Cruzeiro. Ele tinha um estilo de jogo que eu aprecio muito. Outro que meu pai sempre elogiava era o Mauro Galvão, um defensor que se destacava. Esses dois me deixam boas recordações do Vasco – contou.
Outras respostas
Como prefere jogar
“Não tenho preferência de lado, já atuei como volante, posição onde me sinto mais adaptado. Estou ciente da pressão, mas estamos iniciando um novo trabalho com um professor novo e jogadores diferentes. Pode até ser clichê, mas o foco é no trabalho. A única maneira de superarmos a pressão é trabalhando para melhorar. Quanto mais alguém se destaca no treino, mais isso impulsiona o grupo. Isso é o mais importante para nós e para o Vasco”.
O técnico Pedrinho
“Na época (no Tigres), todo mundo achava que ele era auxiliar, mas o Felipe sempre afirmou que ele era o treinador. Foi uma fase muito boa. Ele não só ofereceu oportunidades a mim como a outros jovens que se destacaram. Ele tinha ótimas ideias de trabalho, sempre buscando aprendizado a cada dia. Isso era o mais importante para mim. O comandante precisa ensinar algo novo todos os dias. Além disso, eles deixavam o ambiente leve, o que é essencial para um grupo que sabe das dificuldades de estar em um clube menor no Rio”.
Jogar em um grande do Rio
“Quando estava no Tigres, acompanhava todos os campeonatos brasileiros, A, B, C, e sempre sonhei em jogar em um brasileiro, não importando a série. Hoje, ter a chance de vestir a camisa do Vasco é uma gratidão enorme; só minha família e Deus sabem o que sinto. Às vezes, é até difícil colocar em palavras. Considero a maior oportunidade da minha vida. Com empenho, vou poder mostrar minha gratidão a todos”.
Desafio de ser pai
“Estou com um mês de paternidade, não acompanhei a gestação porque estava no Japão, mas à distância sei as dificuldades que minha esposa enfrentou sozinha. Tudo é muito novo para mim, mas ver meu pequeno ali é algo inexplicável, um amor imenso que já sinto por ele. Espero que ele cresça saudável e feliz”.
Objetivos
“Na Espanha, joguei bastante, no Japão, nem tanto. Meus objetivos estão alinhados com os do Vasco. Creio que esta pode ser uma fase de mudança. Estou aqui para competir em alto nível, e é isso que o Vasco precisa atualmente. Estamos aqui para brigar em cada partida; se fizermos isso, estaremos lutando por algo maior. Vou viver cada jogo independente, se conseguirmos vencer um por vez, será um bom caminho. Claro, é difícil ganhar todos os jogos, mas nossa mentalidade precisa ser vencedora, que é isso que o Vasco merece”.
Carille
“Foi meu primeiro contato aqui, não conversamos antes. O Carille é um cara extremamente simples, tranquilo e se comunica bem com todos. Faz questão de deixar tudo claro. O grupo é diferente e já me sinto em casa, como se estivesse aqui há meses. A equipe recebeu todos que chegaram com muito carinho, o que facilita nosso trabalho e nos ajuda a apresentar resultados mais rápidos”.
Jogo-treino
“Me senti ótimo. Já joguei ao lado do João Vitor no Atlético-GO. Conhecer alguém do grupo facilita muito. O jogo-treino foi proveitoso, um bom teste físico para aprimorar nossa condição. Gradualmente, vamos recuperando a força física”.
Parceria com João Vitor
“Já vinha conversando com o João. Não sobre o Vasco, mas sempre desejando boa sorte a ele e ao Maicon, pois tinha amizade com ele do Cruzeiro. O João, quando cheguei aqui, disse que a rapaziada é nota mil, e foi exatamente isso que encontrei. O pessoal dá todo apoio e orienta quando necessário”.
Amigos vascaínos
“Sou de Duque de Caxias e tenho amigos que são vascaínos. Já brincaram dizendo: ‘vem, mas vem preparado, senão vou entrar na sua casa e pegar seu pai’. Falei: ‘que é isso, cara, pegar meu pai?’. Brincadeiras à parte, tenho plena consciência da responsabilidade que carrego e do peso que essa camisa representa. Estou pronto para corresponder”.
Fonte: ge
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