No início da prova, parecia improvável que Talisson Glock chegaria ao pódio. Na verdade, seu compatriota Daniel Mendes estava mais próximo de conquistar essa conquista. Nos primeiros 50 metros, Mendes manteve-se perto dos líderes e terminou a primeira metade da prova na terceira posição. No entanto, uma reação lenta o atrapalhou e ele terminou em sexto lugar, com o tempo de 1 minuto e 7 segundos e 58 centésimos. Enquanto isso, Talisson fez uma excelente virada e assegurou seu lugar no pódio, roubando a medalha de prata do francês Laurent Chardard, que registrou o tempo de 1 minuto e 5 segundos e 28 centésimos. O ouro ficou com o italiano Antonio Fantini, que estabeleceu o novo recorde paralímpico com o tempo de 1 minuto e 3 segundos e 12 centésimos.
Com essa segunda colocação, Talisson Glock melhora seu desempenho em relação a Tóquio 2020, onde conquistou a medalha de bronze nos 100 metros livres S6. Amanhã (5), ele voltará à piscina para tentar conquistar sua segunda medalha de ouro consecutiva nos 400 metros livres. As eliminatórias estão programadas para começar às 04h30 (horário de Brasília). Se Talisson subir ao pódio mais uma vez, ele alcançará sua quarta medalha em Paris. Ele já conquistou uma medalha de bronze nos 200 metros medley e nos revezamentos mistos 4×50 metros. No total, a equipe de natação brasileira já ganhou incríveis 20 medalhas, sendo 6 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze.
Talisson Glock tinha apenas 9 anos quando sofreu um grave acidente ao ser atropelado por um trem, resultando na perda de sua perna e braço esquerdos. Seis meses após o acidente, ele recebeu um convite para ingressar no Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE). A partir de 2004, ele começou a se dedicar aos treinos de natação. Competindo em sua primeira competição em 2008, ele foi chamado para representar a Seleção Brasileira de natação dois anos depois.
Fonte: Gazeta Esportiva (texto), Site oficial das Paralimpíadas (resultado)