– O Fluminense foi superior em todos os aspectos e merecemos esses três pontos pela entrega e dedicação dos jogadores em campo.
– O mais importante foi a entrega e a atitude que meu time demonstrou. Na minha visão, controlamos o jogo o tempo todo. Após sofrer o gol, não nos desesperamos e continuamos jogando, embora o Vasco tenha crescido um pouco, o que é normal. Mas retomamos o controle da partida.
O Vasco começou o jogo abrindo o placar com um gol de João Victor, mas depois Vegetti fez um gol contra, igualando para o Fluminense. Na segunda etapa, Guga marcou um belo gol, garantindo a virada. O treinador elogiou o desempenho dos laterais e compartilhou uma piada que fez com um defensor no vestiário.
– Eles são inteligentes e atacam bem os espaços. O Samuel fez isso também em Brasília (na Copa do Brasil, jogo anterior). Eu não gosto que meu lateral fique apenas na linha de fundo; se houver oportunidade de avançar para o meio, ele deve fazê-lo. Essa liberdade é algo que valorizo. Hoje, vimos Guga acertar um chute incrível de fora da área. Brinquei com ele após o jogo, dizendo que eu teria defendido aquele chute, só para dar uma descontraída.
O treinador também comentou sua decisão de deixar Ganso no banco:
– Gosto de dialogar com os jogadores. Depois do jogo em Brasília, onde ele atuou 90 minutos, chamei Ganso para conversar. Ele mencionou estar bastante dolorido e preferiu começar no banco para entrar mais para frente na partida. Além disso, é difícil colocar os mesmos jogadores em campo a cada três dias. Por isso, falo sempre para meus jogadores estarem preparados. Hoje, utilizamos várias formações diferentes e conquistamos uma vitória notável contra o Vasco.
Renato Gaúcho em coletiva após Fluminense x Vasco — Foto: Marcello Neves / ge
Veja outras declarações de Renato na coletiva:
Sobre Thiago Silva e as instruções defensivas no final do jogo
– Thiago é um jogador extraordinário. Conheço ele há muito tempo, admiro sua personalidade e habilidade. Sabíamos que uma das forças do Vasco era a bola aérea, não apenas porque sofremos um gol. Treinamos bastante essa situação durante a semana, já que eles têm atletas bons e altos que cabeceiam bem.
– No intervalo, disse a Thiago: “Vamos virar esse jogo, estamos jogando melhor”. Comuniquei que, se estivéssemos ganhando no final, colocaria Ignácio para formar uma linha de cinco na defesa, já que o Vasco tentaria colocar a bola na área. Essa foi a ideia: garantir nossa defesa nos últimos minutos, especialmente marcando Vegetti, que é um jogador importante do Vasco.
Sobre o uso dos laterais-direitos e o impacto de Arias
– Ter o Arias à frente dos laterais oferece mais segurança. No entanto, discordo que sua presença é a única razão do sucesso; meus laterais também têm qualidade. O Fuentes e o Renê são jogadores de alto nível. Assim que cheguei, mencionei ao presidente que estávamos bem servidos nessa posição. Renê teve uma grande atuação hoje, assim como Guga. Confio plenamente neles.
– Ter o Arias em campo é sempre uma vantagem, pois ele preocupa bastante os adversários e está em ótima fase. Mas, acima de tudo, é o talento dos meus laterais que faz a diferença, tanto Guga quanto Samuel.
Sobre o retrospecto contra Fernando Diniz
– Cada jogo revela o estilo de Diniz. Desde que cheguei ao Fluminense, promovemos uma marcação alta e intensa, sabendo que o Vasco prefere jogar. O mais importante é que meu time se entregou e não se desesperou após sofrer um gol, o que foi normal. Retomamos o controle no segundo tempo e conseguimos a vitória com o gol de Guga. Na minha análise, se alguém merecia ganhar o clássico, esse alguém era o Fluminense.
– Sempre procuro elogiar meu grupo. Hoje, parabenizei todos no vestiário, não apenas pela vitória, mas pelo que fizeram em campo. A entrega deles é o que conta. Jogamos novamente poucos dias após uma partida intensa e soubemos fazer isso com muita confiança, conseguindo três pontos cruciais.
Sobre os laterais artilheiros e Paulo Baia
– Sempre enfatizo que os jogadores precisam treinar duro para atuar bem, independentemente do tempo em campo. Todos que jogaram hoje atenderam às expectativas. O Guga e o Samuel têm total liberdade para avançar; são jogadores astutos que sabem aproveitar os espaços. Fizemos isso em Brasília com Samuel e hoje com Guga, que acertou um chute fantástico. Brinquei com ele que teria defendido aquele gol, apenas para diminuir um pouco seu orgulho.
Fonte: ge