O Estádio de São Januário estava lotado, o sol brilhava e o principal jogador voltava. Tudo parecia favorável para o Vasco conquistar sua segunda vitória no Brasileirão 2024 e subir na tabela. Porém, faltou qualidade. O Criciúma teve uma atuação impecável e demonstrou maior competência coletiva. O placar de 4×0 não foi coincidência. Essa foi a maior diferença de gols na história dos confrontos entre os times.
O primeiro tempo foi equilibrado, mas a tragédia se abateu sobre o time carioca na segunda etapa. Os problemas defensivos persistiram, a dificuldade em atacar de forma eficiente era evidente, e a equipe desmoronou ao sofrer o segundo gol em apenas dois minutos. Destaque para o meia Felipe Mateus, autor de dois gols e crucial na jogada do terceiro.
Escalalações
O técnico Ramon Diaz contou com o retorno muito aguardado de Payet, escalando o francês como meia-central no esquema de 4-2-3-1. Hugo Moura foi titular ao lado de Sforza na dupla de volantes, com Galdamés e Mateus Carvalho no banco. Medel voltou para a zaga e Rayan ganhou a oportunidade na ponta-direita. Rossi começou no banco.
Já Claudio Tencati teve tempo para preparar sua equipe, visto que o Criciúma tinha um jogo atrasado da 3ª rodada. Arthur Caíke foi titular, Marcelo Hermes recuou para a lateral-esquerda e Wilker Ángel entrou na zaga. Gustavo reassumiu a titularidade no gol, enquanto a equipe atuou no esquema 4-4-2.
O desenrolar do jogo
A precisão nas finalizações foi determinante para a vitória do Criciúma no fim do primeiro tempo. Apesar dos problemas coletivos do Vasco na defesa e no ataque, a equipe carioca teve oportunidades de marcar, porém as principais peças falharam nos momentos cruciais.
Payet desperdiçou uma grande chance na pequena área, em contragolpe bem trabalhado por Rayan e David. Além disso, o goleiro Gustavo defendeu um pênalti cobrado por Vegetti. Essa foi mais uma defesa importante do arqueiro do Criciúma em 2024.
O Tigre esteve perto de ampliar o placar nos acréscimos do primeiro tempo, o que gerou protestos da torcida. A insatisfação era justificada, já que o Vasco mostrou desorganização em diversos aspectos, mesmo após uma semana de treinamentos.
O Vasco apresentou problemas na organização ofensiva. Payet não se movimentava para o lado direito, deixando o setor desguarnecido. Isso resultava em isolamento de Rayan e inferioridade numérica nesse lado do campo. As jogadas fluíam mais pelo lado esquerdo, com Piton e David, mas não resultavam em gols.
Sforza e Hugo Moura não se lançavam ao ataque pela direita, evidenciando a falta de compactação. A equipe carioca também foi passiva na marcação, tanto nas tentativas de pressão alta quanto na defesa próxima à própria área.
Faltou coesão no ataque, o que dificultava a recuperação da bola após perdê-la e a recomposição defensiva. O Criciúma soube aproveitar isso no gol de Fellipe Mateus, em um lance que evidenciou a fragilidade defensiva vascaína.
O time catarinense teve dificuldades na marcação pelo lado direito da defesa em alguns momentos. Marquinhos Gabriel não acompanhava Lucas Piton, mas a situação melhorou com ajuda de Arthur Caíke e Barreto.
O Criciúma alternou o jogo, aproveitando os espaços deixados entre o meio-campo e a defesa do Vasco, além de manter a posse de bola, irritando a torcida. Rodrigo e Wilker Ángel mostraram segurança na defesa, enquanto Meritão se destacou no meio-campo. Caíke e Bolasie foram bastante ativos.
No intervalo, Ramón Diaz fez mudanças, mas a reação não veio. O Criciúma ampliou a vantagem em dois minutos e dominou o restante do jogo, garantindo a histórica vitória como visitante. Um dia memorável para o Carvoeiro!
Fonte: ge