A Cruz de Malta representa muito mais do que um símbolo para Leandro Wenceslau. Desde 2006, o torcedor do Vasco leva o adereço para todos os jogos do Gigante da Colina. Principalmente a partir do último ano, quando passou a fabricar cruzes de isopor e papel revestido, ao invés de utilizar papelão, tornou-se uma referência entre muitos cruzmaltinos.
O técnico de telecomunicações, de 39 anos, conhecido como Leandro da Cruz de Malta, esteve em São Januário na última quarta-feira, quando o Vasco venceu o Bragantino e escapou do rebaixamento. Ele descreve minuciosamente o clima tenso e a necessidade de acompanhar os desempenhos dos concorrentes.
— Foi muito complicado, um dia terrível. Celebração a todo momento (em São Januário), mas não havia um torcedor que não conferisse o celular (para acompanhar os outros resultados) — explicou Leandro, ao EXTRA.
A comercialização das cruzes também se tornou uma fonte de renda para Leandro, que atualmente está desempregado. Em 2023, ele chegou a confeccionar 97 para um jogo. No entanto, a sua cruz é a única que contém o seu perfil nas redes sociais. Além disso, a alteração do nome de usuário (antes Leandro Ágape) deixou sua esposa, Suelem, que é torcedora do Fluminense, porém simpatizante da torcida do Vasco, irritada, apesar de frequentar os jogos com o marido.
Depois de deixar São Januário de mototáxi até a sua residência em São João de Meriti, Leandro explicou que não insulta ninguém, pois é evangélico, mas ficou muito chateado no ano, especialmente com o técnico Mauricio Barbieri e Paulo Bracks, dirigente dispensado ontem.
— Já começou mal. É preciso dispensar alguns jogadores, como Capasso, Praxedes e Alex Teixeira. A meta em 2024 é ficar entre os quatro primeiros e voltar à Libertadores, onde o Vasco deveria estar — advertiu.
Fonte: Extra
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