Internamente, o Vasco considera os valores pagos pela Kappa bastante baixos e enxerga a troca de fornecedor como uma oportunidade para aumentar a receita. O contrato, firmado em 2020 na gestão de Alexandre Campello e renovado em 2021, prevê o pagamento de R$ 600 mil por ano.
O clube já se reuniu e analisou propostas de potenciais novos parceiros nos últimos meses. Apesar de ainda faltar um semestre para o fim do contrato com a Kappa, a substituição do fornecedor precisa ser decidida com antecedência a fim de garantir tempo suficiente para a produção das peças. A Puma já havia sido escolhida para o acerto: a estimativa era que o Vasco recebesse cerca de R$ 24 milhões, incluindo valores fixos, royalties e enxoval.
Segundo apuração do ge, as negociações entre Vasco e Puma estavam em estágio avançado, pendentes de detalhes para serem finalizadas. Contudo, a decisão judicial que transferiu o controle da SAF da 777 Partners para o clube associativo, além da entrada de novos interlocutores, esfriou as tratativas.
A reportagem entrou em contato com a comunicação da SAF, que optou por não se manifestar.
A mudança de comando na empresa é algo recente. A determinação em primeira instância, assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, foi emitida na noite do dia 15 de maio. Ou seja, menos de um mês atrás. A SAF está passando por um processo natural de adaptação, com setores respondendo a novas diretrizes e funcionários reportando-se a novos superiores.
O setor em que essa transição vem causando mais impacto provavelmente é o comercial, uma vez que o Vasco associativo não dispõe de uma pasta específica para lidar com o assunto, e a SAF está sem um diretor comercial desde a saída de Caetano Marcelino, em dezembro do ano passado.
O CEO Lúcio Barbosa, com o apoio de executivos da 777, era o responsável por negociar com fornecedores. A liminar gerou um impacto inicial no mercado no sentido de questionar quem agora é o responsável pelo Vasco. A Puma foi informada de que o clube está sob nova direção e que o acordo anteriormente encaminhado precisaria ser reavaliado.
Pedrinho quer ouvir mais propostas
De certa forma, o contato com possíveis parceiros ainda passa por Lúcio, porém ele passou a receber consultoria de um grupo composto por dirigentes do Vasco associativo e a se reportar ao presidente Pedrinho. Além disso, representantes do CRVG também têm se aproximado do mercado, o que ocorreu no caso da Puma e de outras agências de intermediação que estavam em negociação com o clube.
Pedrinho e seus colaboradores consideram que ainda há margem para ampliar os valores da proposta da Puma e que não havia necessidade de fechar o acordo neste momento. Eles têm buscado atrair novas marcas para a mesa, e as tratativas estão em andamento para uma segunda rodada de negociações. A empresa alemã segue como uma das opções.
Fonte: ge