O Vasco se reuniu, hoje à tarde, com o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, para avaliar o cumprimento das obrigações assumidas pelo clube no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 13 de setembro.
O clube disse que, depois de implementar o sistema no setor de gratuidade, o uso de ingressos diminuiu em cerca de 50%, devido à necessidade de identificação facial do beneficiário legítimo. A instalação do sistema de biometria facial, um dos principais pontos do TAC, já teve como resultado a redução da atividade de cambistas.
Em maio de 2023, antes da instalação das câmeras de biometria facial, 882 ingressos de gratuidade foram retirados em um jogo entre Vasco e Bahia. Após a instalação da tecnologia, no confronto entre Vasco e Internacional, foram concedidos 316 ingressos.
– Percebemos claramente que, com a implementação das câmeras de biometria facial no setor de gratuidade, conseguimos impactar diretamente a prática do cambismo – disse o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.
O TAC foi celebrado em 13 de setembro para encerrar os efeitos de uma ação judicial movida inicialmente pela Promotoria do Consumidor, após confusão no jogo entre Vasco e Goiás. Como o Vasco recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a responsabilidade pelo processo passou a ser do procurador-geral de Justiça.
O Vasco afirmou que concluiu a primeira etapa prevista na Cláusula Segunda, que envolve a substituição das câmeras de vigilância instaladas no interior do estádio por equipamentos digitais com maior resolução e capacidade de captura de imagens com detalhe, mesmo em ambientes com baixa luminosidade, para permitir a identificação de todas as pessoas no estádio.
Também informou que completou a instalação de câmeras com os mesmos recursos, voltadas para o lado externo do estádio, delimitado pelo perímetro do complexo esportivo Club de Regatas Vasco da Gama, para identificar qualquer pessoa envolvida em atos ilícitos nos arredores.
– Estamos muito satisfeitos com o cumprimento de todas as obrigações previstas no TAC para 2023. Além disso, temos a convicção de que, a partir do segundo semestre de 2024, a biometria facial será uma realidade em 100% dos jogos em São Januário – destacou a diretora jurídica do SAF Vasco, Gisele Cabrera, que acrescentou:
– O TAC representa uma nova era no futebol carioca, pois visa maximizar a segurança no estádio, proporcionar maior conforto aos torcedores e ajudar o Vasco a reduzir antigos problemas, como o cambismo. A implementação da medida já resultou em uma redução significativa do comércio ilegal de ingressos.
Pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, participou o assistente da Assessoria de Recursos Constitucionais Cíveis, promotor de Justiça Philipe Mello Figueiredo. O Vasco foi representado pelo CEO Lúcio Barbosa e a CFO Kátia dos Santos.
Fonte: ge
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