Vasco já estava ciente do problema de GB, mas o atacante não relatou dores nem apresentou limitações em seus movimentos.

O departamento médico do Vasco vinha acompanhando a situação de GB desde outubro do ano anterior, quando ele sofreu uma lesão durante sua passagem pela seleção brasileira sub-20. O atleta nunca reclamou de dores ou mostrou qualquer limitação, então a decisão do Fenerbahçe de interromper a transação causou um verdadeiro estrondo.

O clube aguarda a confirmação da diretoria sobre a indefinição do negócio com os turcos para se pronunciar e esclarecer a situação.

GB em ação pelo Vasco — Foto: Matheus Lima / CRVG

Quando GB retornou da seleção, o Vasco recebeu um alerta da CBF a respeito do impacto que ele sofreu. O departamento médico vascaíno seguiu as orientações recomendadas e fez uma ressonância magnética, que apontou um estiramento crônico no ligamento do joelho direito, sem evidência de lesão aguda. Não havia nenhum sinal de edema.

A análise de um radiologista confiável do clube reforçou a conclusão. O próximo passo foi submeter GB a uma semana de testes para avaliar a resistência da região da lesão, com exercícios que exigiam mudanças de direção e saltos. Ele realizou todos os movimentos sem notar qualquer sinal de incômodo, nem naquela ocasião nem recentemente.

Menos de um mês depois, GB estava em campo pelo Vasco sub-20, jogando amistoso contra a mesma seleção brasileira — os comandados de Ramon Menezes comemoraram uma vitória por 9 a 0 na Granja Comary em novembro.

Gb em ação pelo Vasco contra a seleção sub-20 menos de um mês depois após sofrer trauma no joelho — Foto: Staff Images / CBF

GB foi liberado para jogar na reta final de 2024, participou de toda a pré-temporada deste ano e foi titular nos dois primeiros confrontos do Campeonato Carioca contra Bangu e Nova Iguaçu. As únicas ausências dele foram devido a problemas musculares, sem qualquer relação com comprometimento no ligamento.

Como GB não se queixou de dores nenhuma vez e o problema no joelho não impacta seu desempenho, a equipe médica do Vasco decidiu que a cirurgia não era necessária. “A clínica é soberana. Aqui, a gente trata o atleta, não os exames”, declarou um membro do Departamento de Saúde e Performance ao ge. O entendimento é que não faz sentido operar um jogador baseado no risco de uma lesão que pode nunca ocorrer.

Para finalizar, é interessante destacar que GB é um dos atletas do elenco com maior força na parte posterior da perna direita, segundo os testes realizados no clube.

Se GB não for realmente vendido ao Fenerbahçe e seus exames ao retornar indicarem as mesmas condições de antes da viagem a Istambul, ele será liberado pelo departamento médico para se integrar aos treinos e jogos.
Fonte: ge