Com mais uma performance destacada de Rayan, o Vasco conquistou uma vitória significativa no clássico contra o Fluminense na noite desta segunda-feira, se firmando na luta por uma vaga na Libertadores. Após o jogo, o técnico Fernando Diniz elogiou o jovem atacante, que marcou um dos gols na vitória por 2 a 0, e reiterou seu pedido para que Rayan seja convocado para a seleção brasileira – uma solicitação já feita na rodada anterior, após a vitória contra o Fortaleza.
No Maracanã, Rayan abriu o placar com um chute de fora da área que foi desviado, pegando o goleiro Fábio desprevenido. O segundo gol veio de um poderoso chute de longa distância, que resultou em um rebote aproveitado por Nuno Moreira, aumentando a vantagem para 2 a 0.
“Rayan está confirmando o que percebi desde o início. Ele deve estar no radar da Copa do Mundo”, afirmou Diniz. “Ele está cada vez mais sólido, crescendo como um atacante excepcional. O Rayan de amanhã certamente será superior ao de hoje. Ele é um atleta especial”, completou.
Veja outras respostas de Fernando Diniz na coletiva:
Estratégia na partida
– Não é uma questão de se defender para enganar o adversário. No começo do jogo, começamos bem, mas uma falha na saída nos custou 15 minutos em que o Fluminense tomou a iniciativa. Depois do nosso gol, equilibramos e tivemos um desempenho muito bom no segundo tempo.
Empate no número de finalizações (11 contra 11)
– O número de chutes não reflete a realidade do jogo. No segundo tempo, controlamos a partida, sabendo quando atacar e fomos eficientes nas finalizações, com um bom controle de posse e chances claras.
Satisfação pessoal em ver o esquema funcionar
– A tranquilidade vem com a vitória. Se o Fluminense tivesse ganhado, as críticas surgiriam. O futebol é um jogo de riscos, e o Fluminense também teve suas falhas. Cobro ousadia dos times, mas sempre em busca da vitória. O time mostrou seriedade, coragem e vontade em campo.
Atuação do Barros
– O Barros está evoluindo muito e foi uma excelente contratação. Nossas transações na janela foram pensadas com precisão. Ele é jovem, tem força, mobilidade e ainda ganhará mais confiança.
Vai rodar o elenco?
– De forma nenhuma. Temos a Copa do Brasil em dezembro, faltam dois meses. Não acredito em rodízio, a equipe precisa estar preparada e, se necessário, faremos ajustes. Neste momento, a Copa do Brasil não é nossa prioridade.
Mudança do primeiro para esse jogo
– Este é um time diferente, com melhor condição e mais entrosamento. A equipe está mais consciente do que fazer e trabalha muito bem.
Defesa com Robert Renan e Cuesta
– Há uma boa combinação entre um jogador mais sério e um mais técnico. Ambos têm potencial e saúde para jogar várias partidas. O importante é o comportamento coletivo, com todos se dedicando na marcação.
Nuno Moreira
– Ele é um dos jogadores mais inteligentes com quem já trabalhei. Seu entendimento do jogo e capacidade de absorver informação o fazem se encaixar perfeitamente na equipe.
Discussão com Freytes
– Foi algo normal que não merece destaque. Ele está se saindo muito bem no Fluminense.
Confronto com Zubeldía
– Zubeldía é um dos grandes treinadores do futebol sul-americano. É sempre difícil encará-lo, e o Fluminense fez uma boa escolha ao contratá-lo.
Processo de amadurecimento do Andrés Gómez
– Ele já se destacou individualmente em várias partidas e tem um futuro promissor. Jogadores jovens precisam de tempo e paciência para se consolidar.
Posicionamento do Barros e do Tchê Tchê no meio de campo
– O Barros possui características mais defensivas, enquanto o Tchê Tchê traz versatilidade, podendo atuar tanto como segundo volante quanto recuar.
Qual é o grande ponto forte do Rayan?
– Rayan é um jogador completo, ágil, com bom chute de qualquer lugar e capacidade para driblar e construir jogadas. Ele está em plena evolução e merece atenção da seleção brasileira.
Confrontos diretos nos próximos jogos
– Enfrentaremos adversários desafiadores, como o Red Bull e o São Paulo. Cada jogo é crucial, e precisamos focar no próximo desafio.
Melhor momento pessoal desde a saída do Fluminense
– É irônico como o futebol funciona. A pressão intensa pode prejudicar o desempenho. Sou grato pelas minhas experiências e estou comprometido em melhorar continuamente.
Qual sentimento de vencer os ex-clubes (Fluminense, Cruzeiro e São Paulo)?
– Não sinto nenhum prazer especial. Sou grato a todos os clubes pelos quais passei.
Quarteto ofensivo sem Vegetti. Pensa em manter?
– Avaliarei a situação jogo a jogo. Vegetti é uma parte vital do time, independentemente de sua posição, e sua liderança é fundamental.
Festa da torcida do Vasco no Maracanã
– É gratificante sentir o carinho da torcida, que é o motor do clube. É uma conexão especial.
– Embora o Maracanã tenha mais capacidade, a casa do Vasco é São Januário, o local onde temos uma história rica e onde buscamos resultados.
A que atribui a boa fase: longevidade do trabalho ou melhora com reforços?
– É uma combinação de ambos, além de outros fatores. O sucesso não se deve a um único elemento, mas ao coletivo, à equipe técnica e aos reforços que chegaram.
G-8 é o que o Vasco merece hoje?
– O Vasco deveria estar em uma melhor posição na tabela. Há muitos pontos que deixamos pelo caminho em jogos que dominamos. Temos a qualidade no elenco para alcançar resultados melhores, e os jogadores estão recuperando sua confiança.
Atuação do Paulo Henrique
– Ele fez uma partida sólida, sendo decisivo defensivamente e contribuindo para o equilíbrio do time.
O que te deixou nervoso em determinado momento do jogo?
– Tive um momento de frustração quando optamos por recuar a bola ao invés de atacar. Com 2 a 0, isso poderia ter nos custado. Desejava que a equipe aproveitasse as oportunidades. Agradeço por estarem focados no objetivo.