Na última janela de transferências, o Vasco resolveu algumas necessidades do seu elenco, especialmente na zaga e no ataque. Anteriormente, o clube buscava um primeiro volante, mas a chegada de Barros encerrou essa discussão. Agora, a única dúvida é sobre quem ocupará a posição de segundo volante na equipe de Fernando Diniz.
Até alguns meses atrás, a escolha parecia fácil. Tchê Tchê se destacou como um dos melhores jogadores do Vasco no início do trabalho de Diniz, tornando-se uma peça essencial à medida que sua performance melhorava. Ele teve performances notáveis em jogos contra São Paulo (3 a 1) e Santos (6 a 0), ambos no Morumbi, além de ser fundamental nas partidas contra o CSA, na Copa do Brasil, e Melgar, na Sul-Americana.
Tchê Tchê em ação em Vasco x São Paulo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Entretanto, após se lesionar contra o Corinthians, Tchê Tchê se tornou um desfalque no meio de campo justo quando estava no auge da sua forma física. Ele retornou na partida contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, mas sentiu dores novamente e foi substituído logo no início. Desde seu retorno, ele não conseguiu retomar o alto nível que demonstrou anteriormente.
Em uma coletiva após a derrota para o São Paulo, Diniz comentou que a apressada recuperação de Tchê Tchê para o jogo com o Botafogo não teve o resultado esperado e que o jogador ainda está em fase de adaptação.
— O Tchê Tchê vinha em um momento espetacular até a lesão. Aceleramos um pouco a volta dele para a Copa do Brasil, e ele sentiu de novo. Agora está retomando, oscilando um pouco mais, mas fazendo boas partidas. Em Fortaleza jogou muito bem na lateral, depois veio para dentro e jogou bem. Contra o Vitória fez um bom jogo. Quando perdemos, buscamos um motivo, mas ele é um jogador que domina aquela posição — explicou Diniz.
Na sequência de jogos em que o Vasco começou sua recuperação no Brasileirão, a dupla de volantes foi composta por Barros e Hugo Moura, que trouxe força física ao meio-campo e contribuiu para empates e vitórias, mas Hugo enfrentou dificuldades em partidas subsequentes.
— Não dá para afirmar que Hugo Moura é reserva do Vasco. Os jogos foram acontecendo. Ele é um dos titulares do time junto com o Vegetti. Pode-se observar o número de participações dele desde que estou aqui. Temos até quarta-feira para decidir quem jogará — acrescentou o treinador.
Atualmente, Tchê Tchê está de volta como titular ao lado de Barros, enquanto Hugo saiu do banco contra o Bragantino, mas não entrou em campo na partida contra o São Paulo. Na próxima rodada do Brasileirão, é possível que os dois atuem juntos, considerando que Barros saiu de São Januário sentindo dores e é dúvida para o confronto contra o Botafogo.
Hugo Moura no jogo entre Palmeiras x Vasco — Foto: Marcos Ribolli
Desafio Persistente
A posição de segundo volante tem se mostrado um problema desde o início de 2022. A contratação de Paulinho em 2023 parecia solucionar a falta de um jogador que pudesse contribuir tanto na marcação quanto no ataque. No entanto, com as lesões de Paulinho e Jair em 2024, o time enfrentou dificuldades nesse setor ao longo da temporada. Hugo Moura e Cocão tentaram suprir a demanda, mas a posição voltou a ser uma prioridade nas contratações para 2025.
Tchê Tchê chegou ao Vasco no início do ano, mas a expectativa com as retornos de Jair e Paulinho não se concretizou. Paulinho ficou fora por lesões, enquanto Jair, após demorar a se afirmar como titular, também sofreu uma lesão grave e ficará afastado até metade do próximo ano.
Thiago Mendes, que foi contratado para reforçar o setor, ainda não se destacou e está em processo de readaptação física. Mateus Carvalho também apresentou uma queda em seu desempenho comparado ao ano passado. Contudo, Barros se destacou como uma adição valiosa, consolidando-se como titular indiscutível, enquanto Tchê Tchê e Hugo se revezam na outra posição de volante.







