Ícone do rádio e ex-colunista dos jornais O DIA e MEIA HORA, Washington Rodrigues, conhecido como Apolinho, faleceu na última quarta-feira (15), aos 87 anos. O corpo do jornalista está sendo velado na sede do Flamengo, na Gávea, clube que ele amava intensamente.
O velório de Apolinho evidencia que sua influência no mundo esportivo vai além de rivalidades clubísticas. Sueli de Araújo, 65 anos, compareceu à sede do Flamengo trajando a camisa do Vasco e prestou suas homenagens ao jornalista, relembrando o afeto que ele nutria pelos torcedores cruz-maltinos em vida.
“Ele era muito próximo de nós, da Força Jovem. Na época em que eu ocupava um cargo diretivo, ele tinha um programa semanal na Rádio Nacional. Íamos até lá para estar com ele. A turma do Vasco, o líder da torcida. Nos reuníamos para participar do programa com ele. Ele tinha uma gratidão imensa por nós, e a amizade permaneceu”, compartilhou Sueli.
“Quando me encontrava no Maracanã, na entrada do vestiário, onde íamos, ele costumava dizer: ‘Sou muito grato a vocês’. Eu acompanhava de perto nas redes sociais. Estou aqui por uma causa nobre”, concluiu.
Washington Carlos Nunes Rodrigues veio ao mundo no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na sua juventude, conciliava seu tempo entre o trabalho bancário e a posição de goleiro de futebol de salão, defendendo o extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Seu ingresso no rádio deu-se por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão que o mantinha afastado de um torneio de futebol de salão, foi convidado pela Rádio Guanabara para fornecer consultoria sobre o esporte.
Seu desempenho chamou a atenção e resultou em um convite para participar de um programa na rádio. Mais adiante, surgiu uma nova oportunidade para Apolinho. Dois locutores que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã entraram em conflito ao vivo. O diretor da rádio suspendeu a dupla por 15 dias e designou Apolinho para cobrir as partidas de futebol durante tal período.
Posteriormente, migrou para a Rádio Nacional, onde profissionalizou-se em 1966. Permaneceu até 1969, quando fez a transição para a Globo. Desde então, passou por emissoras como Rádios Continental, Vera Cruz, Tupi, além da Nacional. Apolinho, ademais, não limitou-se ao rádio. Também exerceu o cargo de colunista nos jornais O DIA e MEIA HORA e atuou como comentarista em diversas TVs, incluindo Globo, Tupi, TV Rio, Excelsior, TV Educativa, Manchete, Record TV e CNT.
Fonte: O Dia