Esses três destaques estão juntos na Seleção desde 2023 e tiveram a chance de atuar por alguns minutos em dois amistosos deste ano (contra Espanha e Estados Unidos), mas agora se preparam para sua primeira partida como titulares – uma experiência que ainda não viveram no clube espanhol.
Embora essa ocorrência não seja comum, não é a primeira vez que um clube domina o ataque da Seleção. A última vez que isso ocorreu foi em 2000, com um quarteto ofensivo vindo do Vasco: Juninho Paulista, Juninho Pernambucano, Euller e Romário.
Naquele período, todos brilhavam com a camisa do Cruz-Maltino e foram convocados pelo técnico Candinho para iniciar o confronto contra a Venezuela fora de casa pelas Eliminatórias. Não só os torcedores do Vasco se impressionaram, mas também fãs de outras equipes acompanharam a performance. Euller, Juninho Paulista e Romário (quatro vezes!) marcaram e ajudaram o Brasil a vencer por 6 a 0.
Em 2012, o Brasil também contou com três jogadores de um mesmo clube no ataque, mas dois deles eram meias: Lucas, Jadson e Luis Fabiano, do São Paulo, foram titulares no Superclássico contra a Argentina, junto com Neymar, que na época jogava pelo Santos.
Voltando algumas décadas, em 1986, o Tricolor Paulista teve um ataque “puro-sangue” na Seleção, com Sidney, Careca e Müller enfrentando a Alemanha Ocidental.
Essa pesquisa foi realizada pela reportagem do ge com a ajuda do historiador inglês Dennis Woods, que se dedica a catalogar e estudar dados históricos sobre a seleção brasileira.
A vez de Endrick
O jogo contra o Paraguai será a segunda oportunidade de Endrick como titular da Seleção. A primeira vez foi contra o Uruguai, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final da Copa América, em julho. Naquela partida, Vini Júnior estava suspenso.
O trio com Rodrygo e Vini Júnior chegou a ser testado em treino antes do confronto contra o Equador, mas o técnico Dorival Júnior decidiu escalar Luiz Henrique no lugar do jovem de 18 anos.
– Era uma possibilidade que exploramos para a primeira partida, mas não se concretizou. Notei a falta de um jogador mais centralizado que atacasse os espaços na linha defensiva adversária. O Endrick possui essa característica. Ele ainda precisa de adaptação, mas é o que mais se aproxima desse papel – comentou Dorival.
– Quanto ao Rodrygo, não quero que ele seja uma referência, pois essa não é sua função. A mobilidade que ele traz do Real, sua inteligência e o jeito que infiltra são exatamente o que queremos que ele faça na Seleção. Precisamos que ele tenha liberdade para executar suas melhores jogadas, como vinha fazendo ao lado de Vini e Bellingham, ajudando a recomposição do time. Eles têm liberdade no setor ofensivo, que foi nossa proposta. Com Endrick, ele pode explorar mais o posicionamento sem perder a liberdade de movimentação – concluiu o treinador.
Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição nas Eliminatórias, com 10 pontos, oito a menos que a líder Argentina. O Paraguai está em sétimo lugar, somando seis pontos.
Fonte: ge