O ano era 2002, o cenário era a Cidade Sem Limites, o ginásio, o antigo Panela de Pressão, e o time, Tilibra/Copimax/Bauru. Eram tempos de um basquete que parece distante. Mas lá estava o jovem Marcus Vinícius Vieira de Sousa, com apenas 17 anos. Agora, 23 anos depois, a Cidade Sem Limites permanece, mas muito mudou. O ginásio foi reformado, mantendo seu nome icônico, o time se transformou no Bauru Basket e o jogador, agora conhecido como Marquinhos, está prestes a se aposentar aos 40 anos, jogando pelo R10 Score Vasco da Gama.
A conexão entre esses dois momentos é que foi no Bauru Basket e no Panela de Pressão que Marquinhos se tornou profissional após um ano nas categorias de base do Corinthians. “Bauru me faz lembrar de mais de 20 anos atrás, quando ganhei meu primeiro título com eles na CBB, naquele grande time do Tilibra, em 2002, se não me engano. Voltar à cidade que me deu a primeira oportunidade no time adulto é extremamente significativo, e agora, anos depois, como um jogador maduro prestes a me aposentar. Essa é a lembrança mais forte que tenho daqui. Sempre é agradável voltar, a torcida faz muito barulho e cria uma pressão intensa. Espero que seja para algo positivo, que consigamos realizar um bom jogo e sair com a vitória”, declarou Marquinhos antes do embate.
Dia de simples mortal
No que pode ser a última disputa entre Marquinhos e Alex, pouco do brilho da carreira do ala cruzmaltino apareceu. Marquinhos e os demais atletas do R10 Score Vasco da Gama tiveram um desempenho abaixo do esperado, especialmente no primeiro quarto, com uma precisão de 21,6%. O ala tentou uma bola de três e uma de dois, mas não conseguiu converter. Alex, por sua vez, acertou suas duas tentativas de longa distância, além de um rebote e duas assistências. O placar de 28 a 11 a favor do Bauru Basket se tornou uma grande desvantagem para o restante da partida.
Marquinhos fez seus dois primeiros pontos em oito tentativas no quarto seguinte, além de seu primeiro rebote e a primeira assistência da partida. Em seu duelo contra o ala do Dragão, que acumulou mais três pontos, dois rebotes e uma assistência, Marquinhos ainda estava atrás. Durante o jogo, os dois se marcavam intensamente no ataque. Alex permaneceu em quadra por mais tempo nos segundos e terceiros quartos, permitindo que Marquinhos descansasse por alguns minutos em cada período.
Após mais dois pontos, dois rebotes, uma assistência, três roubos de bola e um toco, Marquinhos melhorou sua contribuição em outros aspectos, mas a sua pontaria continuou a falhar no terceiro quarto. Alex, com três pontos, um rebote, uma assistência e um roubo de bola, se aproximava discretamente de um duplo-duplo. No entanto, o coletivo do R10 Score Vasco da Gama começava a reduzir a diferença.
O último quarto de Marquinhos no Panela de Pressão pode ter terminado sem pontos, em contraste com a sua trajetória de 16 temporadas no NBB CAIXA. Seu time teve um momento de reação e chegou a diminuir a diferença para quatro pontos antes do apito final. Alex adicionou mais três pontos à sua conta e coletou seis rebotes, fechando sua atuação com 15 pontos e dez rebotes, todos defensivos.
Assim, Marquinhos volta ao Rio de Janeiro, ciente de que seu time ficará em oitavo ou nono lugar e que o Farma Conde/São José Basketball será seu último adversário nas oitavas de final do NBB CAIXA. Resta saber se a disputa começará em casa ou fora e esperando que seja um ‘até breve’ para o Panela de Pressão.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete, com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal, em parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais da Penalty e UMP, além do apoio oficial da Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.
Fonte: LNB